Amadrinhada por Hebe, Neide Boa Sorte volta ao teatro

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Todo mundo deve estar achando que essa coluna aqui foi patenteada pelo Eduardo Martini, sim, o Eduardo que interpreta a personagem Neide Boa Sorte. Mas, não! É talento mesmo! E sobre isso eu tenho a obrigação de contar. Digo isso porque tenho falado bastante sobre Martini e seus espetáculos, seus personagens… adoro falar de quem […]

POR Nyldo Moreira13/01/2017|5 min de leitura

Amadrinhada por Hebe, Neide Boa Sorte volta ao teatro

Eduardo Martini em I Love Neide – A Viagem

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Todo mundo deve estar achando que essa coluna aqui foi patenteada pelo Eduardo Martini, sim, o Eduardo que interpreta a personagem Neide Boa Sorte. Mas, não! É talento mesmo! E sobre isso eu tenho a obrigação de contar. Digo isso porque tenho falado bastante sobre Martini e seus espetáculos, seus personagens… adoro falar de quem é bom, se estou repetindo é porque ele é muito bom! Ontem (12) estreou umas das comédias que mais vai te fazer rir, eu garanto, “I Love Neide – A Viagem”. Brasileiro está precisando rir, despretensiosamente, e aí está um bom motivo e lugar. Estrear sem erros, sem exalar o nervosismo de qualquer estreia é sensacional. Além de tudo, o espetáculo tem sua cereja do bolo bem no final, não posso dar detalhes porque isso estraga qualquer gran finale, mas é uma homenagem delicada, simples e emocionante para Hebe Camargo, uma, podemos dizer, madrinha dessa personagem de Martini.

Outro destaque do espetáculo é a participação do ator Pedro Fabrini, que não por menos também é o autor do texto, que conta com cacos e notáveis inserções do próprio Eduardo. São digitais inegáveis e que complementam a estrutura de um texto que não faz comédia só por despretensão, faz com contexto, com muito bom humor e começo-meio-fim! Construir um texto sobre uma personagem consolidada e que já se apresentou em espetáculos roteirizados por outros autores é de uma responsabilidade absurda, é preciso conhecer as mais íntimas características do personagem e as mais discretas até as mais aparentes, além de pontuar o ator que a interpreta e deixá-lo à vontade no texto como se as marcações e as falas saíssem de um momento espontâneo. Neide parece muito espontânea, e acreditem: é! Tem muito do momento, da retórica do público e do que acontece no cotidiano. Uma personagem assim não pode deixar passar batido qualquer acontecimento do cotidiano. E um bom ator sabe inserir com maestria!

A comédia trata de uma experiência hilária em que Neide Boa Sorte, ao participar de um reality show com figuras decadentes da mídia, recebe como prêmio em uma das provas a liberdade e uma viagem ao redor do mundo. Exacerbando as características de alguns países, Neide passa por apuros e oportunidades de exibir sua sinceridade afloradíssima. Essa sinceridade e um amor próprio fora do comum respingam no público, que não está livre de participação.

De tudo há que se falar, das roupas então! Assinado por Adriana Hitomi, o figurino já motiva a piada e a brincadeira logo no início, quando o espetáculo rebusca aquela famosa troca de roupas da comissão de frente da Unidos da Tijuca, no carnaval carioca de 2010.

Uma homenagem àquela que foi considerada a maior estrela da televisão brasileira não é tarefa fácil de ser feita. A dedicação pelo ofício, o respeito, a elegância, a inteligência e o histórico de Hebe Camargo tornam a reverência muito mais nobre. Então, é preciso ser singelo nas palavras, são elas as mais impactantes. Gargalhamos durante o espetáculo inteiro e ao final uma emoção que nos leva para casa com uma leveza incomparável. Além de tudo poder sentir e estar defronte a uma de suas peças, Eduardo finaliza tudo vestindo em Neide um vestido que foi de Hebe Camargo, gentilmente emprestado por Helena Caio, esposa do sobrinho da apresentadora (falecida em 2012). O ator ainda complementou o figurino adornado de um adereço no pescoço que relembrou com muita fidelidade uma joia usada por Hebe em um show que ela fez com Roberto Carlos, no Teatro Municipal de São Paulo. Neide – sambando no palco, exaltando o Brasil, exatamente como era praxe de Hebe e maquiada a mando de uma energia, sem dúvidas, emanada por ela. Neide estava maquiada pelas mãos de Eduardo Sacchiero, não tenho dúvidas, pois era ele que cuidava da exaltação da beleza de Hebe, era ele que a maquiava. Não vi e não soube se foi, mas estou certo de que foi. Até porque ele estava por lá. Um clã de Hebe Camargo estava por lá, foi naquele saudoso programa que a história da Neide começou.

Fazer rir não é pra qualquer um. Inundar um palco com intenções incríveis que atingem imediatamente o público é coisa de grande ator, de grande autor, de grande diretor! Um olhar, uma expressão, um gesto, uma palavrinha enrolada, uma deixa, uma repetição… coisas de quem pode lecionar sobre teatro, comédia, estrutura física de um personagem! É tudo isso que você vai ver quando for assistir “I Love Neide – A Viagem”. Eu troco qualquer “mãe é uma peça” por esse espetáculo, até porque peça a gente vê é no teatro mesmo.

I Love Neide – A Viagem

Onde: Teatro Itália (São Paulo)

Quando: Quintas-feiras, às 21h

Quanto: R$ 50,00 (inteira), R$ 25,00 (meia-entrada)

A previsão é de que o espetáculo fique em cartaz até 23 de fevereiro.

Todo mundo deve estar achando que essa coluna aqui foi patenteada pelo Eduardo Martini, sim, o Eduardo que interpreta a personagem Neide Boa Sorte. Mas, não! É talento mesmo! E sobre isso eu tenho a obrigação de contar. Digo isso porque tenho falado bastante sobre Martini e seus espetáculos, seus personagens… adoro falar de quem é bom, se estou repetindo é porque ele é muito bom! Ontem (12) estreou umas das comédias que mais vai te fazer rir, eu garanto, “I Love Neide – A Viagem”. Brasileiro está precisando rir, despretensiosamente, e aí está um bom motivo e lugar. Estrear sem erros, sem exalar o nervosismo de qualquer estreia é sensacional. Além de tudo, o espetáculo tem sua cereja do bolo bem no final, não posso dar detalhes porque isso estraga qualquer gran finale, mas é uma homenagem delicada, simples e emocionante para Hebe Camargo, uma, podemos dizer, madrinha dessa personagem de Martini.

Outro destaque do espetáculo é a participação do ator Pedro Fabrini, que não por menos também é o autor do texto, que conta com cacos e notáveis inserções do próprio Eduardo. São digitais inegáveis e que complementam a estrutura de um texto que não faz comédia só por despretensão, faz com contexto, com muito bom humor e começo-meio-fim! Construir um texto sobre uma personagem consolidada e que já se apresentou em espetáculos roteirizados por outros autores é de uma responsabilidade absurda, é preciso conhecer as mais íntimas características do personagem e as mais discretas até as mais aparentes, além de pontuar o ator que a interpreta e deixá-lo à vontade no texto como se as marcações e as falas saíssem de um momento espontâneo. Neide parece muito espontânea, e acreditem: é! Tem muito do momento, da retórica do público e do que acontece no cotidiano. Uma personagem assim não pode deixar passar batido qualquer acontecimento do cotidiano. E um bom ator sabe inserir com maestria!

A comédia trata de uma experiência hilária em que Neide Boa Sorte, ao participar de um reality show com figuras decadentes da mídia, recebe como prêmio em uma das provas a liberdade e uma viagem ao redor do mundo. Exacerbando as características de alguns países, Neide passa por apuros e oportunidades de exibir sua sinceridade afloradíssima. Essa sinceridade e um amor próprio fora do comum respingam no público, que não está livre de participação.

De tudo há que se falar, das roupas então! Assinado por Adriana Hitomi, o figurino já motiva a piada e a brincadeira logo no início, quando o espetáculo rebusca aquela famosa troca de roupas da comissão de frente da Unidos da Tijuca, no carnaval carioca de 2010.

Uma homenagem àquela que foi considerada a maior estrela da televisão brasileira não é tarefa fácil de ser feita. A dedicação pelo ofício, o respeito, a elegância, a inteligência e o histórico de Hebe Camargo tornam a reverência muito mais nobre. Então, é preciso ser singelo nas palavras, são elas as mais impactantes. Gargalhamos durante o espetáculo inteiro e ao final uma emoção que nos leva para casa com uma leveza incomparável. Além de tudo poder sentir e estar defronte a uma de suas peças, Eduardo finaliza tudo vestindo em Neide um vestido que foi de Hebe Camargo, gentilmente emprestado por Helena Caio, esposa do sobrinho da apresentadora (falecida em 2012). O ator ainda complementou o figurino adornado de um adereço no pescoço que relembrou com muita fidelidade uma joia usada por Hebe em um show que ela fez com Roberto Carlos, no Teatro Municipal de São Paulo. Neide – sambando no palco, exaltando o Brasil, exatamente como era praxe de Hebe e maquiada a mando de uma energia, sem dúvidas, emanada por ela. Neide estava maquiada pelas mãos de Eduardo Sacchiero, não tenho dúvidas, pois era ele que cuidava da exaltação da beleza de Hebe, era ele que a maquiava. Não vi e não soube se foi, mas estou certo de que foi. Até porque ele estava por lá. Um clã de Hebe Camargo estava por lá, foi naquele saudoso programa que a história da Neide começou.

Fazer rir não é pra qualquer um. Inundar um palco com intenções incríveis que atingem imediatamente o público é coisa de grande ator, de grande autor, de grande diretor! Um olhar, uma expressão, um gesto, uma palavrinha enrolada, uma deixa, uma repetição… coisas de quem pode lecionar sobre teatro, comédia, estrutura física de um personagem! É tudo isso que você vai ver quando for assistir “I Love Neide – A Viagem”. Eu troco qualquer “mãe é uma peça” por esse espetáculo, até porque peça a gente vê é no teatro mesmo.

I Love Neide – A Viagem

Onde: Teatro Itália (São Paulo)

Quando: Quintas-feiras, às 21h

Quanto: R$ 50,00 (inteira), R$ 25,00 (meia-entrada)

A previsão é de que o espetáculo fique em cartaz até 23 de fevereiro.

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