Elba e Zé Ramalho apresentam shows análogos em SP

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Primos, Elba Ramalho e Zé Ramalho são intensos fenômenos da música brasileira, com total pegada nordestina que flamba a dá sabor ao repertório dos artistas. Coincidentemente os dois fizeram shows no mesmo final de semana, em São Paulo. Elba, no Teatro Paulo Autran, do Sesc Pinheiros. Zé, no Grupo Tom Brasil. Ambos levaram o público […]

POR Nyldo Moreira14/02/2019|4 min de leitura

Elba e Zé Ramalho apresentam shows análogos em SP

Elba Ramalho e Zé Ramalho | Fotos: Nyldo Moreira

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Primos, Elba Ramalho e Zé Ramalho são intensos fenômenos da música brasileira, com total pegada nordestina que flamba a dá sabor ao repertório dos artistas. Coincidentemente os dois fizeram shows no mesmo final de semana, em São Paulo. Elba, no Teatro Paulo Autran, do Sesc Pinheiros. Zé, no Grupo Tom Brasil. Ambos levaram o público ao delírio, com as mesmas raízes em suas apresentações, canções, guitarradas, cheios de voz e suingue.

 

Com um fôlego impressionante, Elba utiliza todo o palco e o próprio corpo como um instrumento importante para o enredo do show. Em um de seus melhores repertórios, com o recente álbum “O Ouro do Pó da Estrada”, a cantora trouxe o chão do agreste nos pés e espalhou terra vermelha pelos cantos. A potência na voz impressiona sempre. Elba é daquelas cantoras que sempre impressionam, sempre traz toques novos e diferenciados aos seus shows. Trouxe “Girassol”, canção famosa do Cidade Negra, com os preservados toques do reggae, mesclados às notas do baião e do forró. “Vem meu Amor”, que teve destaque com Ivete Sangalo, saiu com os braços pro alto e muito gogó. Elba também trouxe poesia e frevo.

Elba Ramalho | Foto: Nyldo Moreira
Elba Ramalho | Foto: Nyldo Moreira

O maracatu, o frevo se misturam com um rock, forró, baião. Tudo vai brotando de toda a voz da Elba, que estoura represada e forma um rio cristalino, feito o olhar dela ao cantar impecávelmente. É um show com arranjos difíceis, mas bem marcados e quase uma emboscada para qualquer cantor desatento, ou iniciante. Para Elba é como uma cama, só ela para entrar no tempo certo, pisar em cada nota como se fosse algodão e carcar toda a melodia como uma leoa rodeando a cria. O CD “O Ouro do Pó da Estrada” é como diz o nome, grãos de ouro que saem da terra caminhada pela intérprete. É um livro, com páginas cheirando a tudo que cheira no nordeste!

Zé Ramalho | Foto: Nyldo Moreira
Zé Ramalho | Foto: Nyldo Moreira

Zé Ramalho não largou o violão, em seu show, repleto de sucessos, a voz marcante do cantor é um intrumento a parte. Um instrumento que divide a atenção do afinamento da banda “Z”, que tradiconalmente o acompanha. Eu, particularmente, fico inebriado com “Avôhai”, canção que junta a admiração dela pelo avô e o pai. “Entre a Serprente e a Estrela”, é outra obra prima apresentada. As composições de Zé são poéticamente o retrato da cabeça de um genuíno nordestino. O sotaque é imediatamente casado com as letras e tudo funciona como poesia.

 

“Admirável Gado Novo”, o retrato há décadas da sociedade brasileira, ainda é hino na boca do público. Assim como a festa e alegria de “Frevo Mulher”, que vai levantando as pessoas. De Gonzaguinha, “O que é o que é”abre o show, e “A Vida do Viajante”, de Luiz Gonzaga, vai anunciando o fim de um show primoroso e precioso. Um espetáculo que tem, “Gita”, de Raul Seixas, “Garoto de Aluguel”, uma canção cenário, paupável… e “Chão de Giz”, uma das mais belas obras da música popular brasileira. “A Terceira Lâmina” e “Sinônimos”, além de outras grandes letras que engrossam um dos mais belos timbres deste país.

 

Primos, Elba Ramalho e Zé Ramalho são intensos fenômenos da música brasileira, com total pegada nordestina que flamba a dá sabor ao repertório dos artistas. Coincidentemente os dois fizeram shows no mesmo final de semana, em São Paulo. Elba, no Teatro Paulo Autran, do Sesc Pinheiros. Zé, no Grupo Tom Brasil. Ambos levaram o público ao delírio, com as mesmas raízes em suas apresentações, canções, guitarradas, cheios de voz e suingue.

 

Com um fôlego impressionante, Elba utiliza todo o palco e o próprio corpo como um instrumento importante para o enredo do show. Em um de seus melhores repertórios, com o recente álbum “O Ouro do Pó da Estrada”, a cantora trouxe o chão do agreste nos pés e espalhou terra vermelha pelos cantos. A potência na voz impressiona sempre. Elba é daquelas cantoras que sempre impressionam, sempre traz toques novos e diferenciados aos seus shows. Trouxe “Girassol”, canção famosa do Cidade Negra, com os preservados toques do reggae, mesclados às notas do baião e do forró. “Vem meu Amor”, que teve destaque com Ivete Sangalo, saiu com os braços pro alto e muito gogó. Elba também trouxe poesia e frevo.

Elba Ramalho | Foto: Nyldo Moreira
Elba Ramalho | Foto: Nyldo Moreira

O maracatu, o frevo se misturam com um rock, forró, baião. Tudo vai brotando de toda a voz da Elba, que estoura represada e forma um rio cristalino, feito o olhar dela ao cantar impecávelmente. É um show com arranjos difíceis, mas bem marcados e quase uma emboscada para qualquer cantor desatento, ou iniciante. Para Elba é como uma cama, só ela para entrar no tempo certo, pisar em cada nota como se fosse algodão e carcar toda a melodia como uma leoa rodeando a cria. O CD “O Ouro do Pó da Estrada” é como diz o nome, grãos de ouro que saem da terra caminhada pela intérprete. É um livro, com páginas cheirando a tudo que cheira no nordeste!

Zé Ramalho | Foto: Nyldo Moreira
Zé Ramalho | Foto: Nyldo Moreira

Zé Ramalho não largou o violão, em seu show, repleto de sucessos, a voz marcante do cantor é um intrumento a parte. Um instrumento que divide a atenção do afinamento da banda “Z”, que tradiconalmente o acompanha. Eu, particularmente, fico inebriado com “Avôhai”, canção que junta a admiração dela pelo avô e o pai. “Entre a Serprente e a Estrela”, é outra obra prima apresentada. As composições de Zé são poéticamente o retrato da cabeça de um genuíno nordestino. O sotaque é imediatamente casado com as letras e tudo funciona como poesia.

 

“Admirável Gado Novo”, o retrato há décadas da sociedade brasileira, ainda é hino na boca do público. Assim como a festa e alegria de “Frevo Mulher”, que vai levantando as pessoas. De Gonzaguinha, “O que é o que é”abre o show, e “A Vida do Viajante”, de Luiz Gonzaga, vai anunciando o fim de um show primoroso e precioso. Um espetáculo que tem, “Gita”, de Raul Seixas, “Garoto de Aluguel”, uma canção cenário, paupável… e “Chão de Giz”, uma das mais belas obras da música popular brasileira. “A Terceira Lâmina” e “Sinônimos”, além de outras grandes letras que engrossam um dos mais belos timbres deste país.

 

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