Um artista generoso, que empresta sua história às horas de show para um jovem talentoso. Milton, que também já apresentou-se ao lado de Criolo, agora faz turnê com Tiago Iorc. Um espetáculo bonito, de união de gerações, de composições, de vozes e de interpretação. Intitulada “Mais Bonito Não Há”, a expressão faz jus ao nome […]
POR Nyldo Moreira29/11/2017|3 min de leitura
Um artista generoso, que empresta sua história às horas de show para um jovem talentoso. Milton, que também já apresentou-se ao lado de Criolo, agora faz turnê com Tiago Iorc. Um espetáculo bonito, de união de gerações, de composições, de vozes e de interpretação. Intitulada “Mais Bonito Não Há”, a expressão faz jus ao nome do show. Bituca (apelido dado a Milton Nascimento) curte cada canção como se ao lado estivesse um filho já dotando-se de seus ensinamentos. Sucessos, do mais recente Iorc, e do inoxidável Milton, meu predileto dentre os nomes da música brasileira, foram desfiados no Tom Brasil, em São Paulo, no último final de semana.
Milton Nascimento, a catedral! Uma voz que parece ecoar por dentro de uma igreja. Que parece cozinhar e curtir na garganta e deixar a boca ainda com o calor das cordas vocais. Uma voz que causa algo difícil de explicar, mas que é sensorial demais, que passeia junto ao sangue, que vai encontrando espaço nos poros da pele e fazendo arrepiar os pêlos. A palavra parece deitar e levantar com Bituca, parece tomar café e até mesmo trazer à cama, ajeitar o banho, secar as costas, apoiar a escova de dente na pia, o almoço à mesa e todo o resto que os deixa mais íntimos possível. A palavra e Milton são íntimos demais, isso está em cada verso de suas composições. Dono de um dos mais incríveis recados ao artista: “todo artista tem de ir aonde o povo está”, trecho de “Nos Bailes da Vida”.
Tiago Iorc, o tempo todo encontrava espaço para exaltar Milton Nascimento. Pedia ao público aplausos, contava histórias dos ensaios e da experiência de, praticamente, um laboratório ao lado de Bituca. Desde sua estreia na música, Tiago arrebatou o público mais jovem e agora conseguiu colocar algumas composições na boca do grande Milton.
No palco apenas os dois cantores e seus violões. Milton pega o instrumento em algumas canções, Tiago o tempo inteiro. Uma integração perfeita, difícil para unir-se a irresvalável voz de Bituca. Mas, funcionou muito bem.
Do repertório de Milton ouvimos “Travessia”, “Maria, Maria”, “A Festa”, “Canção da América”, “Nos Bailes da Vida” e das coisas mais belas que suas palavras representam o movimento da vida humana. De Tiago Iorc, dentre outras, as mais famosas “Coisa Linda”e “Amei Te Ver”, que contou com a terna interpretação de Bituca.
O encontro entre os dois músicos resultou na canção “Mais Bonito Não Há”, que já conta com mais de 2 milhões de visualizações no YouTube.
Um artista generoso, que empresta sua história às horas de show para um jovem talentoso. Milton, que também já apresentou-se ao lado de Criolo, agora faz turnê com Tiago Iorc. Um espetáculo bonito, de união de gerações, de composições, de vozes e de interpretação. Intitulada “Mais Bonito Não Há”, a expressão faz jus ao nome do show. Bituca (apelido dado a Milton Nascimento) curte cada canção como se ao lado estivesse um filho já dotando-se de seus ensinamentos. Sucessos, do mais recente Iorc, e do inoxidável Milton, meu predileto dentre os nomes da música brasileira, foram desfiados no Tom Brasil, em São Paulo, no último final de semana.
Milton Nascimento, a catedral! Uma voz que parece ecoar por dentro de uma igreja. Que parece cozinhar e curtir na garganta e deixar a boca ainda com o calor das cordas vocais. Uma voz que causa algo difícil de explicar, mas que é sensorial demais, que passeia junto ao sangue, que vai encontrando espaço nos poros da pele e fazendo arrepiar os pêlos. A palavra parece deitar e levantar com Bituca, parece tomar café e até mesmo trazer à cama, ajeitar o banho, secar as costas, apoiar a escova de dente na pia, o almoço à mesa e todo o resto que os deixa mais íntimos possível. A palavra e Milton são íntimos demais, isso está em cada verso de suas composições. Dono de um dos mais incríveis recados ao artista: “todo artista tem de ir aonde o povo está”, trecho de “Nos Bailes da Vida”.
Tiago Iorc, o tempo todo encontrava espaço para exaltar Milton Nascimento. Pedia ao público aplausos, contava histórias dos ensaios e da experiência de, praticamente, um laboratório ao lado de Bituca. Desde sua estreia na música, Tiago arrebatou o público mais jovem e agora conseguiu colocar algumas composições na boca do grande Milton.
No palco apenas os dois cantores e seus violões. Milton pega o instrumento em algumas canções, Tiago o tempo inteiro. Uma integração perfeita, difícil para unir-se a irresvalável voz de Bituca. Mas, funcionou muito bem.
Do repertório de Milton ouvimos “Travessia”, “Maria, Maria”, “A Festa”, “Canção da América”, “Nos Bailes da Vida” e das coisas mais belas que suas palavras representam o movimento da vida humana. De Tiago Iorc, dentre outras, as mais famosas “Coisa Linda”e “Amei Te Ver”, que contou com a terna interpretação de Bituca.
O encontro entre os dois músicos resultou na canção “Mais Bonito Não Há”, que já conta com mais de 2 milhões de visualizações no YouTube.