É fato. Série que não tem um bom vilão tem de tudo pra morrer na praia. Muitas vezes mais carismáticos que o próprio protagonista, eles são responsáveis por segurar a audiência das séries e fazer com que o público deixe o politicamente correto de lado e passe a torcer contra o herói. Afinal, os próprios atores são quase unânimes ao preferirem os vilões, por acharem que são personagens mais densos e bem construídos.
Por este motivo resolvemos fazer uma lista com alguns serezinhos do mal inesquecíveis dos seriados.
Embarque nessa onda de maldade conosco, e faça também sua lista, Afinal, quem nunca teve um malvado favorito?
Canceroso (Willian B. Davis – Arquivo X) – Esse é das antigas. Vilão misterioso, que pouco aparecia mas quando dava as caras era sinal que as coisas estavam ruins, muito ruins para Fox Mulder e Dana Scully. O chefe do Sindicato falou pouquíssimas palavras durante a primeira temporada da série, mas que foram suficientes para causar arrepios nos espectadores. Por outro lado, suas aparições eram festejadíssimas pelos amantes da série, já que sempre representavam um avanço na mitologia principal da atração.
Sloane (Ron Rifkin – Alias) – Alias é uma das minhas séries favoritas. E acho que grande parte disso se deve a Sloane, Ele não tinha medidas, foi o grande antagonista de Sidney Bristow durante os anos em que a atração esteve no ar. Para conseguir o seu intuito – os artefatos Rambaldi – não mediu esforços em momento algum, abdicando muitas vezes de coisas – e pessoas próximas – para seguir em frente. Uma grande característica do personagem é pendular entre o bem e o mal com uma enorme facilidade, desde que isso lhe desse alguma vantagem em seus propósitos pessoais.
Sylar (Zachary Quinto – Heroes) – Heroes pode ser considerada uma série praticamente adolescente. Seus personagens eram heróis na fase de descoberta de seus super poderes, o que garantiu à produção uma sutileza digna de sessão da tarde. A exceção de seu grande vilão, Sylar, que tinha o poder de absorver as habilidades dos outros personagens, revertendo-as para o mal. Muitas vezes a série foi tão, tão bobinha que somete a aparição do vilão conseguia salvar a pátria. Confesso, por váaaaaaarias vezes torci, de verdade, para que ele conseguisse o seu intento de matar a chata da cheerleader.
T Bag (Robert Kneeper – Prison Break) – Ardiloso. Debochado. Perturbado. Esse é o perfil do personagem mais maneiro desta que eu acho uma das melhores séries que a TV nos deu. Durante os anos que T-Bag infernizou os irmãos Scofield-Burrows muitas foram as vezes que quisemos matar o personagem com nossas próprias mãos. Muitas foram também as vezes que quisemos pegá-lo no colo, principalmente após descobrirmos suas origens.
Benjamin Linus (Michael Emerson – Lost) – Cinismo. Essa é a palavra que define nosso vilão da vez. Dissimulado, mas carismático (muito por mérito de Emerson) o personagem nos deixou em dúvidas diversas vezes sobre seus propósitos na ilha. Assim como no caso do T-Bag, por muitas vezes quisemos acolher Ben, por ver em sua personalidade traços de uma pessoa maltratada pela vida, rejeitada. Mas… como bom vilão que se preze… no segundo seguinte já voltávamos nossas intenções para esganá-lo da pior maneira possível.
Governador (David Morrissey – The Walking Dead) – O primeiro grande vilão que TWD nos apresentou era um cara impiedoso, destemperado e imprevisível. Ele foi o responsável por algumas das mortes mais sofridas, para nós, espectadores. Ao mesmo tempo, o Governador trouxe para a série o respiro que ela precisava. Eu, pelo menos, ligava a tv semanalmente para ver qual seria a próxima artimanha do vilão, qual a próxima maldade. É dele, inclusive um dos momentos mais traumáticos da série: a morte de Hershel Greene.
Negan (Jeffrey Dean Morgan – The Walking Dead) – Ver o nome do cara mais violento que já passou pela vida de Rick e cia nesta lista pode causar estranheza. Como amar alguém que esmaga a cabeça de um dos personagens mais queridos da série? Simples: este alguém é interpretado por Jeffrey Dean Morgan. O ator é tão, tão competente que consegue passar um pouco de seu charme para o desalmado personagem. Fora que, em Walking Dead – uma série em que os zumbis (originalmente os vilões) viraram praticamente objetos cenográficos e na qual os heróis são chatos e repetitivos – um bom vilão é o suficiente para roubar a cena.
Kilgrave (David Tennant – Jessica Jones) – Um psicopata. Essa é a indubitável verdade sobre o Homem Púrpura, vilão da primeira temporada de Jessica Jones. Só que com um quê a mais: ele é um psicopata que controla mentes. E ai…. Na boa, acho muito pouco provável que qualquer outro vilão seja tão marcante quanto ele na série. Sedutor, calculista, chega a lembrar um pouco o sombrio Darth Vader quando entra em cena. Afinal, pode-se esperar tudo de um cara como ele, ardiloso e impassível. Roubou a cena, literalmente.
Trinity (John Lithgow – Dexter) – Esse pra mim é o vilão dos vilões. Seja pela atuação de Lithgow, pela riqueza do personagem, pela trama que o envolveu… Não é à toa que Arthur Mitchell – o nome real do personagem – rendeu ao ator os dois maiores prêmios da TV americana em 2010, Golden Globe e Emmy. Trinity era proporcionalmente instigante e amedrontador, cruel e empático… A definição perfeita do que um vilão deve ser para cativar o público.
Dexter (Michael C Hall – Dexter) – É óbvio que não podíamos deixar de lado nosso serial killer favorito. Dexter é a síntese de toda essa matéria. Até porque passamos oito temporadas amando um cara que embala pessoas em filme plástico e as joga no mar. Ou seja; é vilão, mas como não amar??