A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), decidiu nesta sexta-feira (28), que vai liberar a venda de autotestes de Covid-19 no Brasil. Cada empresa interessada em comercializar sua versão do produto precisa pedir o registro junto à agência, que vai analisar cada solicitação.
No autoteste, o paciente é quem coleta a sua própria amostra e segue as instruções do fabricante para interpretar o resultado. O procedimento é similar ao dos testes de antígeno feito em farmácias. O diagnóstico fica pronto em até 20 minutos.
Vale lembrar que a medida vale apenas para os chamados testes de antígenos (realizados a partir do swab que coleta o material no fundo da boca e do nariz e busca sinais de anticorpos gerados pelo corpo após a infecção), e não tem validade para os teste RT-PCR (mais preciso, mais demorado e que detecta a presença do material genético do novo Coronavírus).
Agora, o Ministério da Saúde, que defendeu a autotestagem como estratégia complementar para ampliar o diagnóstico da Covid-19 no Brasil, vai incluir orientações sobre o uso dos autotestes em uma atualização do “Plano Nacional de Expansão de Testagem para Covid-19” (PNE Teste).
Na semana passada, no dia 19, a diretoria colegiada da Anvisa se reuniu para decidir a permissão da autotestagem, mas adiou a deliberação por entender que a nota técnica encaminhada pelo Ministério da Saúde, em que solicitava a autorização por não formalizar uma política pública.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quinta-feira (27) que os autotestes para Covid-19 no país, caso aprovados pela Anvisa, não serão distribuídos gratuitamente para a população, mas ficarão disponíveis nas farmácias para “a sociedade que tiver interesse em adquirir”.
Segundo Queiroga, os autotestes vão facilitar o acesso ao teste para detecção do novo Coronavírus e, com isso, será possível “um acompanhamento adicional do ritmo da pandemia”.
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