O ex-deputado federal Roberto Jefferson, que cumpre prisão domiciliar, afirmou neste domingo (23) ter trocado tiros com policiais federais que foram até sua residência, no município de Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro, na tentativa de prendê-lo. Ele é aliado do presidente da República e candidato à reeleição Jair Bolsonaro, do PL.
A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A operação acontece após Jefferson xingar a ministra Carmen Lúcia de “bruxa” e compará-la a uma “prostituta” após o voto favorável aos direitos de resposta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT na Jovem Pan.
Roberto Jefferson está em prisão domiciliar desde janeiro, após ficar preso cinco meses no Complexo Penitenciário de Bangu, no Rio de Janeiro. Ele é acusado de tumultuar o processo eleitoral, atentos à democracia e ofensas a ministros.
Em uma gravação que circula nas redes sociais, Roberto Jefferson mostra o circuito de câmeras do imóvel onde aparece um carro da Polícia Federal e afirma que revidou os tiros dos agentes. Uma das medidas que ele deveria cumprir na prisão domiciliar é não participar de redes sociais.
Jefferson confirmou os disparos, mas diz que não foram direcionados aos agentes. “Não atirei em ninguém para pegar. Atirei no carro e perto deles.”
Nesta segunda-feira (24) a Procuradoria-Geral da República (PGR) deve apresentar um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o ex-deputado tenha a prisão domiciliar revogada e volte para o regime fechado.
Agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar foram ao local para negociar uma rendição. Até a última atualização desta nota não havia confirmação da rendição e informação sobre feridos.
— Flavia Ferronato (@flferronato) October 23, 2022