O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, criticou a atuação de Casas legislativas do país e sua postura diante de uma série de acontecimentos recentes que podem caracterizar quebra de decoro. As declarações foram dadas em entrevista ao site Fórum, nesta terça-feira (5).
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“Essa leniência das Câmaras de São Paulo, do Rio de Janeiro, da Assembleia paulista e da Câmara Federal é inaceitável, já ultrapassou o corporativismo”, avaliou.
Juliano citou um dos casos mais emblemáticos das últimas horas, sobre o ataque do deputado Federal Eduardo Bolsonaro, à jornalista Miriam Leitão, ironizando e duvidando da tortura sofrida por ela durante a Ditadura Militar.
“É revoltante o que está acontecendo. É necessário tornar inelegíveis o Eduardo Bolsonaro, o Flávio Bolsonaro, o Carlos Bolsonaro por seus crimes. É preciso varrer a família Bolsonaro da política brasileira”.
Ele ainda citou os casos do deputado Estadual Arthur do Val (União Brasil), o Mamãe Falei, flagrado em áudios sobre a condição de mulheres ucranianas, e de Fernando Cury, acusado por assédio contra à deputada Estadual Isa Penna, no plenário da Alesp.
Daniel Silveira e o vereador Gabriel Monteiro também foram usados por Medeiros como exemplo antes de destacar uma retomada de Bolsonaro nas pesquisas eleitorais deste ano: “Ele subiu 8% na faixa de pessoas que ganham dois salários mínimos. Sinal que suas ações eleitoreiras estão dando certo, como gastar R$ 90 bilhões com o Auxílio Brasil; aumento para o funcionalismo público, o vale-gás. A eleição não está ganha. Quem está de salto alto precisa descer. A briga vai ser dura”, alertou.
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