A capital de Pernambuco e a Grande Recife estão revivendo momentos de grande dor. Até esta segunda-feira (30), 91 mortes já foram confirmadas por conta das fortes chuvas que atingem a região desde a última quarta.
Esta já é considerada a maior tragédia do Grande Recife no século XXI. É um cenário semelhante aos que os moradores do local viveram nos anos 70. A grande cheia de 1975 contabilizou 107 óbitos. E o cenário se repete, principalmente por conta da falta de estrutura da região metropolitana para receber um volume de chuvas tão grande.
Desde o último sábado moradores e socorristas tentam localizar e socorrer vítimas que ainda estão sob a lama. Ao todo, são 26 pessoas desaparecidas e mais de 5 mil desabrigadas.
A Apac, a Agência Pernambucana de Águas e Clima, informou que apesar do volume ter diminuído, as chuvas devem continuar com intensidade moderada até a próxima sexta-feira. A Defesa Civil alerta também sobre o alto risco de deslizamentos, por conta do solo encharcado.
Neste segunda o prefeito do Recife, João Campos (PSB) anunciou a suspensão das comemorações dos festejos juninos. A justificativa é direcionar os investimentos que seriam destinados à cultura para as ações emergenciais e de suporte às vítimas das chuvas.
‘Infelizmente essas catástrofes acontecem’
O presidente da República Jair Bolsonaro (PL) sobrevoou, na manhã desta segunda-feira, algumas das áreas mais atingidas pelas chuvas no Grande Recife.
Acompanhado por ministros, concedeu entrevista coletiva, lamentou a tragédia, criticou o governador Paulo Câmara (PSB) no evento e anunciou medidas para auxiliar as milhares de vítimas, entre mortos, desaparecidos e desabrigados.
“Tivemos problemas semelhantes em Petrópolis, Sul da Bahia, mais ao norte de Minas e eu estive ano passado no Acre, também, e infelizmente essas catástrofes acontecem. Um país continental tem seus problemas”, disse.
Bolsonaro ainda informou que seriam repassados verbas para socorrer os municípios. Em janeiro, uma Medida Provisória destinou, para todo o Brasil, R$ 1 bilhão para a reconstrução dos locais afetados. Esse valor, segundo Bolsonaro, depende do pedido de entes públicos ao governo Federal.
Leia também:
+ Hepatite em crianças: Pediatra explica como evitar doença silenciosa
+ São Paulo e Rio de Janeiro começam a aplicar dose de reforço em adolescentes