Dois milhões de doses de vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 serão recebidas para aplicação a partir desta terça-feira (30) em clínicas do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. A informação é do presidente da Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas, Geraldo Barbosa.
A entidade estima que cada aplicação custará, em média, R$ 350 reais. Trata-se de uma fatia de mercado a ser explorada. A entidade acredita que haverá demanda de doses de reforço sob prescrição médica, ou seja, quando o profissional de saúde consultado pelo paciente orienta que ele receba uma dose a mais do que dizem as normas do Programa Nacional de Imunizações, o PNI.
A vacina não pode ser aplicada em menores de 18 anos, porque não foi aprovada pela Anvisa para este público.
Em nota, a AstraZeneca afirmou ao Globo que “a entrada no mercado privado visa atender a uma necessidade do País, assim como é feito com a vacina da gripe e demais vacinas utilizadas no Brasil. A entrada do mercado privado depende da necessidade de cada país onde a AstraZeneca atua. E que as primeiras doses devem ser entregues às instituições ainda em maio. Quanto à disponibilização ao público final, fica a cargo de cada instituição”.
O Ministério da Saúde afirmou que sua determinação sobre as idades que podem, ou não, receber as doses adicionais de reforço dizem respeito ao SUS e não às clínicas privadas. A Pasta, em nota, informou que “com a queda da Espin, a compra de vacinas por clínicas privadas é permitida”.
A “queda da Espin” diz respeito ao Estado de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional, cuja função era implementar normas emergenciais para combater a Covid-19. Seu fim se deu na semana passada, após determinação do ministro Marcelo Queiroga. Entre as definições desse período, havia uma lei que impedia a aplicação de vacinas na rede privada. O seu uso era restrito ao SUS.
Leia também:
+ Hepatite em crianças: Pediatra explica como evitar doença silenciosa
+ São Paulo e Rio de Janeiro começam a aplicar dose de reforço em adolescentes