Beija-Flor retoma plástica opulenta, mas tropeços podem dificultar campeonato
A nobreza da Deusa é de ébano Fechando a primeira noite de desfiles do Grupo Especial, a Beija-Flor levou para a Avenida o enredo “Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor”. Desenvolvido pelo carnavalesco Alexandre Louzada, a escola apresentou a história dos negros e abordou também a luta contra o racismo e a intolerância. Com […]
POR Caroline Gonçalves23/04/2022|10 min de leitura
A nobreza da Deusa é de ébano
Fechando a primeira noite de desfiles do Grupo Especial, a Beija-Flor levou para a Avenida o enredo“Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor”. Desenvolvido pelo carnavalesco Alexandre Louzada, a escola apresentou a história dos negros e abordou também a luta contra o racismo e a intolerância. Com um desfile belíssimo marcado principalmente pelo canto forte da comunidade, a azul e branca de Nilópolis encerrou com chave de ouro.
Fala, Rachel!
“Uma noite que começou bem também acabou bem. A Beija-Flor sabe desfilar e hoje a bateria ajudou muito. A novidade é ter pequenos problemas como queijos vazios e outras imperfeições que não se viam na era Laíla. Ainda assim, mantém sua força, como comprovam as arquibancadas cheias e o enorme arrasta-povo que seguiu a escola.”
Fala, Luiz!
“Não fossem os problemas de montagem; um dos carros veio sem quatro ou cinco composições, a Beija-Flor disputaria tranquilamente o título. Mas, com isso, ela ficou inferior a Viradouro, mas ainda acho que pode brigar. Pra mim, foi a segunda força da noite.”
Comissão de frente
Ao tentar apresentar a reconstituição do passado negro e construir um caminho firme para o futuro, a comissão contava com um tripé no qual os integrantes encenavam o reencontro do povo negro com sua ancestralidade. A proposta, porém, foi de difícil entendimento.
A comissão do coreógrafo Marcelo Misailidis era composta por componentes que representavam escravos, em um navio negreiro, além de senhores brancos. Um led em cima da composição apresentava notícias sobre casos de racismo, imagens de protestos e nomes de algumas vítimas. No alto do carro, um jovem era revelado.
Casal de mestre-sala e porta-bandeira
O experiente casal de mestre-sala e porta-bandeira, Claudinho Souza e Selminha Sorriso, foi ovacionado na Avenida e encantou o público com suas apresentações. Com fantasias nas cores azul e preto, o casal manteve a elegância e leveza nos movimentos, apesar de alguns problemas. Um dos saltos da porta-bandeira estava quebrado, mas a experiência de ambos permitiu a boa desenvoltura do casal. Porém, no segundo módulo de jurados, a bandeira pareceu ter escorregado da mão do mestre-sala o que os atrapalhou na apresentação da bandeira aos jurados no fim da performance.
“A apresentação de Claudinho e Selminha, o casal que dança há trinta anos numa cumplicidade extraordinária, dispensa qualquer comentário. Todavia, a força do par, o entrosamento demonstrado em sua movimentação, natural e potente, ao executar o bailado [dançado no modo clássico, mas de maneira moderna] traduzindo potência e energia – AGBARA DUDU ! -, nos emociona sempre. A postura altiva, a simpatia, a graça e a leveza, com as quais, o casal realiza os movimentos obrigatórios que edificam a dança e ratificam o estilo da dupla. Este par jamais perde sua desenvoltura e, são espelho para o sambista, pela forma como alimenta a tradição e salvaguarda da dança nobre do samba e do Carnaval. Sua postura revela-se na maneira amorosa e muito respeitosa de zelar, dançando com alegria, a sagrada bandeira que conduz e defende. Sempre lindo, apreciar a performance do casal. Axé, dançarinos nobres”, disse Eliane Santos, comentarista do SRzd.
Alegorias e adereços
Com alegorias grandiosas, a Beija-Flor conseguiu manter o padrão dos últimos anos. O abre-alas nos levou a uma volta ao passado a fim de ressignificar a conquista do protagonismo do povo negro. No topo do carro, um enorme beija-flor negro com detalhes azuis e dourado nas asas.
A segunda alegoria representava o pensamento afrosófico, o imaginário do pensamento aquilombado da Beija-Flor. No topo do carro, uma coruja simbolizava o voo livre das ideias e pensamentos. Um erro que pode ser percebido foi que faltavam ao menos cinco componentes na composição. O terceiro carro trazia a forja do Quilombo nilopolitano, representando a nossa missão de vida e nossa forma de se expressar.
A quarta alegoria trazia uma favela feita de livros com referências de autores negros. Ao redor do carro havia pipas com imagens de grandes personalidades negras. O quinto carro representava o palco das nossas vidas em referência aos que sonham em alcançar grandes objetivos e brilharem no mundo. A última alegoria complementava a alegoria cinco e foi dedicada aos ancestrais e todo legado que deixaram.
“As alegorias seguiram o mesmo padrão de grandeza de outros Carnavais. O destaque das alegorias ficou para sua abertura com belas opalas negras seguido de um beija-flor gigante negro azulado. Encerrou com chave de ouro o primeiro dia do Grupo Especial”, disse Jaime Cezário, comentarista do SRzd.
Fantasias
Mantendo o mesmo padrão de qualidade das alegorias, as fantasias estavam com perfeito acabamento. Para Jaime Cezario, as fantasias foram ricas e com o refinamento de sempre. “A Beija-Flor levantou a bandeira para exaltação do povo preto que se notabilizou desde os faraós núbios que governaram ao Egito até os dias de hoje, num paralelo com a arte e cultura negra ancestral. Conhecemos o orgulho do povo preto de Nilópolis em defesa das grandes personalidades que com sua vida deixaram um legado para todos nós. Encerra o desfile exaltando o sangue azul nilopolitano e cultuando suas personalidades célebres. Suas fantasias foram apresentadas como o refinamento e riqueza que a fez campeã tantas vezes”, comentou.
Enredo
Desenvolvido pelo carnavalesco Alexandre Louzada, o enredo intitulado “Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor” se trata da valorização da luta, além de enaltecer as glórias e toda a história do povo negro. O enredo aborda também toda a luta contra o racismo e a intolerância e levou para a Avenida mais uma vez uma questão a ser refletida.
“A Beija-Flor entrou na Avenida com sua tradicional força da comunidade e muito exuberante. O enredo da escola de Nilópolis tem como cerne mostrar ao mundo os saberes da cultura afro, tendo como objetivo realizar a reparação histórica. Nesta linha de raciocínio, a Beija-Flor defendeu no desfile o povo preto como construtor do conhecimento, conforme descrito na justificativa do enredo. Neste sentido, é válido destacar que a agremiação atingiu com excelência seu objetivo, a apresentação de forma integral demonstrou com clareza a importância dos saberes da cultura negra. O melhor exemplo de tal fato foi o setor quatro, o qual destacou Lima Barreto e Nei Lopes. Como bem destacado no trecho do samba-enredo a escola mostrou que: ‘Nossa gente tem feitiço na palavra, sou o Brasil que não se cala’. Belo desfile”, disse Marcelo Masô, comentarista do SRzd.
Samba-enredo
O samba foi abraçado pela comunidade, que o cantou com muita força durante todo o desfile. Defendido pelo intérprete Neguinho da Beija-Flor, o samba de autoria de Jorge Velloso, Léo do Piso, Beto Nega, Júlio Assis, Manolo e Diego Rosa funcionou na Avenida e empolgou o público.
“Quando a gente acha que não dá para melhorar, vem a Beija-Flor. O samba, que eu já achava um dos melhores, teve uma exibição magnífica. Além da força da letra, veio num andamento perfeito para o canto da escola. Deu muito conta do recado e o que falar do interminável Neguinho, a pura arte negra em contra ataque”, disse Cadu Zugliani, comentarista do SRzd.
Bateria
A bateria manteve o ritmo durante todo o desfile e cumpriu muito bem o seu papel, destacando-se por conta das apresentações perfeitas em todos os módulos. Os ritmistas usavam uma fantasia na cor branca com tons de prata, além de uma capa azul. Representando a obra “Poétnica”, de Nei Lopes, a rainha Raissa Oliveira veio com uma fantasia toda dourada.
“A Bateria da Beija Flor fez um excelente desfile. A batucada já característica da escola foi reforçada com um número grande de bons ritmistas de caixas e taróis. Uma outra característica dessa bateria são as caixas por fora das marcações, o que dá uma sensação de swing muito gostosa. Mestre Rodney, com sua calma, se apresentou de forma perfeita nos módulos de julgamento. A Bateria ajudou muito o bom samba da escola, com um andamento confortável”, disse Bruno Moraes, comentarista do SRzd.
Harmonia
Como sempre, a comunidade nilopolitana cantou forte e com muita garra durante todo o desfile. Com o samba na ponta língua, os componentes não deram trégua em nenhum minuto. O público também se manteve empolgado durante todo o desfile.
Evolução
Alguns carros apresentaram problemas na entrada da Avenida deixando alguns buracos no setor 1, mas foi solucionado antes mesmo de chegar ao primeiro módulo de jurados. “O desfile evoluiu apresentando momentos de oscilação no andamento”, disse Célia Souto, comentarista do SRzd.
Ficha técnica
Enredo: “Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor”
Presidente: Almir Reis Carnavalesco: Alexandre Louzada Intérprete: Neguinho da Beija-Flor Mestre de Bateria: Rodney e Plínio Rainha de Bateria: Raissa Oliveira Comissão de Frente: Marcelo Misailidis Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Claudinho Souza e Selminha Sorriso
A nobreza da Deusa é de ébano
Fechando a primeira noite de desfiles do Grupo Especial, a Beija-Flor levou para a Avenida o enredo“Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor”. Desenvolvido pelo carnavalesco Alexandre Louzada, a escola apresentou a história dos negros e abordou também a luta contra o racismo e a intolerância. Com um desfile belíssimo marcado principalmente pelo canto forte da comunidade, a azul e branca de Nilópolis encerrou com chave de ouro.
Fala, Rachel!
“Uma noite que começou bem também acabou bem. A Beija-Flor sabe desfilar e hoje a bateria ajudou muito. A novidade é ter pequenos problemas como queijos vazios e outras imperfeições que não se viam na era Laíla. Ainda assim, mantém sua força, como comprovam as arquibancadas cheias e o enorme arrasta-povo que seguiu a escola.”
Fala, Luiz!
“Não fossem os problemas de montagem; um dos carros veio sem quatro ou cinco composições, a Beija-Flor disputaria tranquilamente o título. Mas, com isso, ela ficou inferior a Viradouro, mas ainda acho que pode brigar. Pra mim, foi a segunda força da noite.”
Comissão de frente
Ao tentar apresentar a reconstituição do passado negro e construir um caminho firme para o futuro, a comissão contava com um tripé no qual os integrantes encenavam o reencontro do povo negro com sua ancestralidade. A proposta, porém, foi de difícil entendimento.
A comissão do coreógrafo Marcelo Misailidis era composta por componentes que representavam escravos, em um navio negreiro, além de senhores brancos. Um led em cima da composição apresentava notícias sobre casos de racismo, imagens de protestos e nomes de algumas vítimas. No alto do carro, um jovem era revelado.
Casal de mestre-sala e porta-bandeira
O experiente casal de mestre-sala e porta-bandeira, Claudinho Souza e Selminha Sorriso, foi ovacionado na Avenida e encantou o público com suas apresentações. Com fantasias nas cores azul e preto, o casal manteve a elegância e leveza nos movimentos, apesar de alguns problemas. Um dos saltos da porta-bandeira estava quebrado, mas a experiência de ambos permitiu a boa desenvoltura do casal. Porém, no segundo módulo de jurados, a bandeira pareceu ter escorregado da mão do mestre-sala o que os atrapalhou na apresentação da bandeira aos jurados no fim da performance.
“A apresentação de Claudinho e Selminha, o casal que dança há trinta anos numa cumplicidade extraordinária, dispensa qualquer comentário. Todavia, a força do par, o entrosamento demonstrado em sua movimentação, natural e potente, ao executar o bailado [dançado no modo clássico, mas de maneira moderna] traduzindo potência e energia – AGBARA DUDU ! -, nos emociona sempre. A postura altiva, a simpatia, a graça e a leveza, com as quais, o casal realiza os movimentos obrigatórios que edificam a dança e ratificam o estilo da dupla. Este par jamais perde sua desenvoltura e, são espelho para o sambista, pela forma como alimenta a tradição e salvaguarda da dança nobre do samba e do Carnaval. Sua postura revela-se na maneira amorosa e muito respeitosa de zelar, dançando com alegria, a sagrada bandeira que conduz e defende. Sempre lindo, apreciar a performance do casal. Axé, dançarinos nobres”, disse Eliane Santos, comentarista do SRzd.
Alegorias e adereços
Com alegorias grandiosas, a Beija-Flor conseguiu manter o padrão dos últimos anos. O abre-alas nos levou a uma volta ao passado a fim de ressignificar a conquista do protagonismo do povo negro. No topo do carro, um enorme beija-flor negro com detalhes azuis e dourado nas asas.
A segunda alegoria representava o pensamento afrosófico, o imaginário do pensamento aquilombado da Beija-Flor. No topo do carro, uma coruja simbolizava o voo livre das ideias e pensamentos. Um erro que pode ser percebido foi que faltavam ao menos cinco componentes na composição. O terceiro carro trazia a forja do Quilombo nilopolitano, representando a nossa missão de vida e nossa forma de se expressar.
A quarta alegoria trazia uma favela feita de livros com referências de autores negros. Ao redor do carro havia pipas com imagens de grandes personalidades negras. O quinto carro representava o palco das nossas vidas em referência aos que sonham em alcançar grandes objetivos e brilharem no mundo. A última alegoria complementava a alegoria cinco e foi dedicada aos ancestrais e todo legado que deixaram.
“As alegorias seguiram o mesmo padrão de grandeza de outros Carnavais. O destaque das alegorias ficou para sua abertura com belas opalas negras seguido de um beija-flor gigante negro azulado. Encerrou com chave de ouro o primeiro dia do Grupo Especial”, disse Jaime Cezário, comentarista do SRzd.
Fantasias
Mantendo o mesmo padrão de qualidade das alegorias, as fantasias estavam com perfeito acabamento. Para Jaime Cezario, as fantasias foram ricas e com o refinamento de sempre. “A Beija-Flor levantou a bandeira para exaltação do povo preto que se notabilizou desde os faraós núbios que governaram ao Egito até os dias de hoje, num paralelo com a arte e cultura negra ancestral. Conhecemos o orgulho do povo preto de Nilópolis em defesa das grandes personalidades que com sua vida deixaram um legado para todos nós. Encerra o desfile exaltando o sangue azul nilopolitano e cultuando suas personalidades célebres. Suas fantasias foram apresentadas como o refinamento e riqueza que a fez campeã tantas vezes”, comentou.
Enredo
Desenvolvido pelo carnavalesco Alexandre Louzada, o enredo intitulado “Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor” se trata da valorização da luta, além de enaltecer as glórias e toda a história do povo negro. O enredo aborda também toda a luta contra o racismo e a intolerância e levou para a Avenida mais uma vez uma questão a ser refletida.
“A Beija-Flor entrou na Avenida com sua tradicional força da comunidade e muito exuberante. O enredo da escola de Nilópolis tem como cerne mostrar ao mundo os saberes da cultura afro, tendo como objetivo realizar a reparação histórica. Nesta linha de raciocínio, a Beija-Flor defendeu no desfile o povo preto como construtor do conhecimento, conforme descrito na justificativa do enredo. Neste sentido, é válido destacar que a agremiação atingiu com excelência seu objetivo, a apresentação de forma integral demonstrou com clareza a importância dos saberes da cultura negra. O melhor exemplo de tal fato foi o setor quatro, o qual destacou Lima Barreto e Nei Lopes. Como bem destacado no trecho do samba-enredo a escola mostrou que: ‘Nossa gente tem feitiço na palavra, sou o Brasil que não se cala’. Belo desfile”, disse Marcelo Masô, comentarista do SRzd.
Samba-enredo
O samba foi abraçado pela comunidade, que o cantou com muita força durante todo o desfile. Defendido pelo intérprete Neguinho da Beija-Flor, o samba de autoria de Jorge Velloso, Léo do Piso, Beto Nega, Júlio Assis, Manolo e Diego Rosa funcionou na Avenida e empolgou o público.
“Quando a gente acha que não dá para melhorar, vem a Beija-Flor. O samba, que eu já achava um dos melhores, teve uma exibição magnífica. Além da força da letra, veio num andamento perfeito para o canto da escola. Deu muito conta do recado e o que falar do interminável Neguinho, a pura arte negra em contra ataque”, disse Cadu Zugliani, comentarista do SRzd.
Bateria
A bateria manteve o ritmo durante todo o desfile e cumpriu muito bem o seu papel, destacando-se por conta das apresentações perfeitas em todos os módulos. Os ritmistas usavam uma fantasia na cor branca com tons de prata, além de uma capa azul. Representando a obra “Poétnica”, de Nei Lopes, a rainha Raissa Oliveira veio com uma fantasia toda dourada.
“A Bateria da Beija Flor fez um excelente desfile. A batucada já característica da escola foi reforçada com um número grande de bons ritmistas de caixas e taróis. Uma outra característica dessa bateria são as caixas por fora das marcações, o que dá uma sensação de swing muito gostosa. Mestre Rodney, com sua calma, se apresentou de forma perfeita nos módulos de julgamento. A Bateria ajudou muito o bom samba da escola, com um andamento confortável”, disse Bruno Moraes, comentarista do SRzd.
Harmonia
Como sempre, a comunidade nilopolitana cantou forte e com muita garra durante todo o desfile. Com o samba na ponta língua, os componentes não deram trégua em nenhum minuto. O público também se manteve empolgado durante todo o desfile.
Evolução
Alguns carros apresentaram problemas na entrada da Avenida deixando alguns buracos no setor 1, mas foi solucionado antes mesmo de chegar ao primeiro módulo de jurados. “O desfile evoluiu apresentando momentos de oscilação no andamento”, disse Célia Souto, comentarista do SRzd.
Ficha técnica
Enredo: “Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor”
Presidente: Almir Reis Carnavalesco: Alexandre Louzada Intérprete: Neguinho da Beija-Flor Mestre de Bateria: Rodney e Plínio Rainha de Bateria: Raissa Oliveira Comissão de Frente: Marcelo Misailidis Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Claudinho Souza e Selminha Sorriso