A Estação Primeira de Mangueira apresentou novidades no seu quadro de contratações. Em duas novas apostas, a presidente Guanayra Firmino promete manter a tradição e ampliar o alcance da escola.
Rick Chester assume o cargo de diretor-embaixador de relações institucionais e terá a missão de representar a verde e rosa junto de empresas e em diversos países, fortalecendo a instituição e o que ela representa.
“Estou feliz demais com o convite. Quem me acompanha desde antes da transformação da minha vida, sabe que sempre levei o nome da Mangueira onde vou. Aquele garoto que cresceu na comunidade, que via o ritmista passar, o mestre-sala passar, o presidente passar, um garoto cheio de sonho e de vontades, que achava bonito aquelas cores, aquele trabalho em prol de um denominador comum, de repente esse garoto se vê diretor de relações institucionais dessa agremiação, é uma alegria quase que inenarrável. Pra quem está dentro a responsabilidade é a missão de deixar lá na frente uma Mangueira melhor para os que virão depois da gente. É saber que desde Cartola alguém vem preparando esse terreno, repassando um bastão de geração e geração até hoje’, comentou Rick.
Já a ala de compositores conta agora com a coordenação de Pedro Terra para buscar uma renovação entre os sambistas. Pedro iniciou sua caminhada como compositor na escola em 2017; foi finalista em 2018 e 2020, e campeão em 2022.
Inúmeros bambas fizeram e fazem parte da seleção de compositores da Mangueira: Cartola, Hélio Turco, Nelson Sargento, Tantinho, Leci Brandão, Lequinho e tantos outros.
Pedro Terra foi escolhido para coordenar a primeira Ala de Compositores do Samba e pretende movimentar o setor para além do período carnavalesco, com atividades que mantenham vivas as memórias da primeira geração de sambistas da Mangueira.
Terra diz ter a missão de olhar para o futuro, abrindo espaço para que os compositores da atual geração apresentem suas criações a criem o caminho para o surgimento de novos poetas.
“Nossa ala que gerou não apenas sambas-enredos inesquecíveis para a história do carnaval, mas também canções imortalizadas na música popular brasileira. Da ala que é tombada como patrimônio cultural do Rio de Janeiro e simboliza a essência artística desse país. Tudo isso torna o desafio e a responsabilidade ainda maiores, mas contamos com um time muito talentoso e que está unido e empenhado para honrar o legado deixado por nossos ancestrais, que hão de iluminar nossa caminhada”, disse.
O compositor ainda explica que a escolha da presidente não se limita apenas numa mudança, mas também num resgate das tradições e que irá trabalhar para que a Ala de Compositores proporcione novamente um espaço de convívio, sociabilidade e troca de saberes entre os segmentos da escola e a comunidade mangueirense.
“Estamos muito animados e com várias ideias sendo trabalhadas. Dentre elas, uma em especial é a roda de samba formada pelos compositores da escola, iniciando com uma homenagem a Jorge Zagaia, que em 2022 completaria 100 anos e era matriculado na ala com a carteirinha número 01”, finaliza.
Ao cantar três de seus maiores baluartes, Jamelão, Cartola e Delegado, a Mangueira ficou com o 7º lugar do Grupo Especial carioca em 2022.
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