*Por Kaio Sagaz, para o SRzd
O sábado (30) do mangueirense começou tumultuado. Não bastasse o resultado decepcionante no Carnaval 2022, hoje, o barracão da escola, amanheceu vazio.
O presidente Elias Riche, que está no cargo desde 2019 – em 29 maio haverá nova eleição na escola – liberou a maioria dos funcionários e, o desgaste, que já era grande após a sétima colocação no Grupo Especial deste ano e como consequência não ter se classificado para o desfile das Campeãs, fez o clima ficar ainda mais tenso.
“Me reuni com as pessoas, expliquei que teremos eleições e que se fez necessário reduzir todos os gastos na escola. Vou deixar só dois vigias no barracão, com tudo apagado e desligado”, avisou.
Mesmo com a insatisfação de quem foi pra casa, Elias foi enfático: “Foram medidas que eu tomei, achei justas e não estou arrependido”.
Por outro lado, os colaboradores dispensados acusaram Elias de ingratidão e de terem ficado sem refeição durante o período do pré-carnaval. Preferindo não se identificar, fizeram um desabafo.
“No momento que precisou da gente na pandemia, sem dinheiro, a gente ajudou até nas lives. Depois, o nosso salário foi reduzido e ele mandou cortar até a nossa alimentação no barracão, tivemos que nos virar. Ele foi ingrato”, frisou um deles.
“Elias simplesmente disse para eu me adiantar, caso tenha outra proposta. Pra eu ir pra casa. Como faço pra sobreviver?”, questionou outro.
O mandatário da agremiação respondeu com ironia às reclamações sobre a refeição: “É engraçado. Você vê como são as coisas. Tem que rir. Como é que surge um negócio sobre alimentação se começamos as atividades em novembro e vem falar nisso agora? É uma brincadeira, né? Cada um fala o que quer e a gente não pode mudar nada disso”, e completou: “Vamos ver se eles voltam a partir de junho ou não, mas que fique bem claro que estava comigo um conselheiro, que é benemérito da escola, e escutou toda a conversa. As pessoas interpretam da maneira que acharem melhor pra si”, explicou.
Segmentos também estão à espera de comunicação
Carnavalesco da escola, Leandro Vieira continua com futuro indefinido. Sem um posicionamento e aguardando o resultado do processo eleitoral, o artista recebeu propostas, mas aguarda um sinal verde da diretoria para saber se fica ou se defenderá outras cores.
Squel Jorgea, porta-bandeira, se mostrou aberta para outras possibilidades
“Não entraram em contato ainda. Nada é impossível. Se surgir alguma proposta boa, é algo para sentar, pensar e avaliar”, comentou.
Riche informou que já marcou reunião com Leandro Vieira, mas ponderou o momento pré-eleitoral: “É como se fosse um governador garantindo um secretário antes de ser reeleito. Tenho 70 anos e não vou fazer um negócio desse”, defendeu.
Reunião vai decidir futuro eleitoral na escola
No dia 29 de maio, a Mangueira definirá o seu próximo mandatário. Elias e Chiquinho da Mangueira surgem como principais possibilidades para o cargo. Caso não haja entendimento entre as partes, Guanayra Firmino, vice da atual gestão, pode pintar como candidata também. Além de ser uma líder comunitária, tem muita força junto dos componentes. Na próxima terça-feira haverá um encontro para decidir o futuro político da escola.
‘Vou fazer os questionamentos’
Sobre o resultado negativo para a escola vindo da avaliação dos julgadores, que deixou a verde e rosa fora do desfile das Campeãs, Riche avisou vai questionar a Liesa.
“Não gostei do resultado. Acho que a Mangueira deveria ter voltado. Fizemos um desfile maravilhoso e muito perfeito. Vou fazer os questionamentos no plenário da Liga”, informou.
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