A trilha sonora que vai abrir a segunda noite de desfiles do Grupo Especial foi definida no último domingo (29). O hino vai embalar o desfile da Vai-Vai para o Carnaval 2022.

Xande de Pilares, Peu, Claudio Russo, Junior Gigante, Jairo Limozini e Bruno Giannelli são os compositores responsáveis pelo samba-enredo. Clique aqui para ver a cobertura completa da final.

Em entrevista na live “Pós-Final da Vai-Vai” transmitida pelo SRzd, minutos após a divulgação do resultado, o diretor de Carnaval da agremiação, Gabriel Mello explicou o que pesou na decisão de escolher a obra vencedora e destacou que o samba vai ter alterações.

“A gente primou pela musicalidade. Independente daquilo que a gente escreva na sinopse, nós dissemos que o compositor tinha que tirar do coração aquilo que ele entendesse do enredo, e acho que a parceria campeã fez isso. O samba vai ter algumas alterações, já estava programado que todos teriam, mas foi um samba que pegou na veia. Inicialmente não era o samba de preferência da maioria das pessoas, mas quando botou a bateria e jogou o andamento pra frente, o samba aconteceu”, declarou.

“Acho que é um samba que tem as características de valentia, força, peso e emoção que o Vai-Vai costuma levar para a Avenida. Nós precisamos, mais do que nunca, do povo. O nosso Carnaval é direcionado para o sambista e acho que o samba cumpre esse papel. Com o tempo as pessoas vão entender o tamanho do que nós fizemos”, continuou.

O sambista também destacou que a safra, que teve 18 sambas inscritos, foi “muito equilibrada”. “Os quatro sambas finalistas tinham leituras diferentes do mesmo enredo. Não foi uma escolha unânime, foi uma escolha democrática de fato. Dá uma transparência para a escola de samba Vai-Vai”.

Gabriel lembrou que o samba vencedor de 2020 não tinha a sua preferência. Desta vez, a obra campeã lhe conquistou na fase final do concurso.

“No ano passado eu perdi a votação da final, não era o samba que eu queria. Eu votei em outro samba, mas era a vontade da maioria e foi o samba que foi escolhido. Já neste ano, inicialmente eu não torcia para esse samba, não era o que eu achava o mais adequado para o projeto, mas quando chegou na apresentação ao vivo o samba me tomou, assim como várias pessoas da escola e do júri, e hoje ele sai vitorioso. Isso dá uma lição de que o Carnaval precisa adquirir esse anseio de democracia”, finalizou.

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