‘Homem-Aranha: Longe de Casa’ é o filme mais lucrativo da Sony
Ainda em cartaz, “Homem-Aranha: Longe de Casa” (Spider-Man: Far From Home – 2019) se tornou o filme mais lucrativo da Sony Pictures ao atingir, no último final de semana, a marca de US$ 1,109 bilhão, desbancando “Skyfall” (Idem – 2012), que mostra Daniel Craig como o agente James Bond e faturou US$ 1,108 bilhão ao […]
POR Ana Carolina Garcia20/08/2019|7 min de leitura
Ainda em cartaz, “Homem-Aranha: Longe de Casa” (Spider-Man: Far From Home – 2019) se tornou o filme mais lucrativo da Sony Pictures ao atingir, no último final de semana, a marca de US$ 1,109 bilhão, desbancando “Skyfall” (Idem – 2012), que mostra Daniel Craig como o agente James Bond e faturou US$ 1,108 bilhão ao redor do globo. De acordo com a matéria publicada pelo Deadline na última segunda-feira, dia 19, o estúdio decidiu comemorar lançando uma versão estendida do longa, com uma sequência de ação inédita de cerca de quatro minutos, nos cinemas americanos e canadenses no próximo dia 29.
Estrelado por Tom Holland, “Homem-Aranha: Longe de Casa” é também a maior arrecadação de uma produção cinematográfica solo do herói, que é um dos mais populares dentre os fãs dos quadrinhos criados por Stan Lee. Atualmente, o filme é o quarto título mais lucrativo de 2019 e o 26o da História do cinema, segundo o Box Office Mojo.
Ambientado oito meses após os eventos de “Vingadores: Ultimato” (Avengers: Endgame – 2019), “Homem-Aranha: Longe de Casa” mostra Peter Parker / Homem-Aranha (Tom Holland) lidando com a dor da perda de seu mentor, Tony Stark / Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), e com a realidade pós-Blip, como é chamado o desaparecimento de metade dos seres vivos do universo após o estalar de dedos de Thanos (Josh Brolin) em “Vingadores: Guerra Infinita” (Avengers: Infinity War – 2018). Tentando se recuperar emocionalmente, Peter decide tirar férias do posto de herói e embarcar com sua turma do colégio numa viagem ao Velho Continente, onde se depara com a ameaça dos Elementais, sendo convocado por Nick Fury (Samuel L. Jackson) para proteger a população no momento em que tem como único objetivo conquistar Mary Jane (Zendaya).
Há alguns anos, a Marvel se tornou uma das apostas mais certeiras da indústria cinematográfica, principalmente após a boa recepção do público a “Homem de Ferro” (Iron Man – 2008), de Jon Favreau. Era o início do Universo Cinematográfico da Marvel (UCM), ainda na Paramount Pictures. À época, o Homem-Aranha tentava se renovar na tela grande depois da trilogia protagonizada por Tobey Maguire e dirigida por Sam Raimi, composta por “Homem-Aranha” (Spider-Man – 2002), “Homem-Aranha 2” (Spider-Man – 2004) e “Homem-Aranha 3” (Spider-Man – 2007). No início dos anos 2010, Maguire foi substituído por Andrew Garfield, que interpretou Peter Parker / Homem-Aranha em dois filmes, “O Espetacular Homem-Aranha” (The Amazing Spider-Man – 2012) e “O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro” (The Amazing Spider-Man 2 – 2014), ambos sob a direção de Marc Webb.
No entanto, havia a necessidade de conceder certo frescor ao personagem e criar uma conexão com outros heróis da Marvel, impulsionando sua carreira cinematográfica com a produção de um sucesso estrondoso que não chegou com os filmes anteriores. Isto aconteceu por meio de um acordo entre a Sony e a Disney, atual proprietária da Marvel, que permitiu que o Amigo da Vizinhança fosse integrado ao time dos Vingadores e, consequentemente, ao UCM, oferecendo a ele uma nova chance de brilhar nos cinemas com um ator mais carismático que seus antecessores, Tom Holland.
Indicado para o papel por Chris Hemsworth, o Thor, com quem trabalhou em “No Coração do Mar” (2015), Holland assumiu a responsabilidade de dar vida à versão colegial de Peter, tendo como mestre o Tony Stark / Homem de Ferro, personagem que levou seu intérprete, Robert Downey Jr., de volta ao panteão da indústria após anos no limbo por problemas pessoais que afetaram sua imagem e carreira. O ator fez sua estreia no UCM em “Capitão América: Guerra Civil” (Captain America: Civil War – 2016), entrando em ação num filme solo do Amigo da Vizinhança somente no ano seguinte com “Homem-Aranha: De Volta ao Lar” (Spider-Man: Homecoming – 2017), que tinha um vilão interpretado pelo ex-Batman da concorrente DC, Michael Keaton.
No entanto, a permanência do Homem-Aranha no UCM é incerta. A Disney e a Sony ainda não confirmaram, mas o Deadline publicou nesta terça-feira, dia 20, que o acordo entre os estúdios chegou ao fim. Se a informação for confirmada, Peter Parker estará fora da Fase 4 do UCM, colocando em dúvida se o jovem herói prosseguirá como defensor do legado de Tony Stark. De acordo com a publicação, o rompimento foi causado pela tentativa da Casa do Mickey de aumentar seu controle sobre o universo do Cabeça de Teia, inclusive de outros personagens, dentre eles, Venom que ganhou um filme solo no ano passado, “Venom” (Idem – 2018), protagonizado por Tom Hardy. Além disso, a Disney queria aumentar sua participação nos lucros, ficando com 50%, numa divisão igualitária com a Sony, que se negou a prosseguir com o acordo em tais termos. Ainda segundo o Deadline, Tom Holland e o diretor Jon Watts têm contrato para mais dois filmes do personagem, que deverão ser desenvolvidos pela equipe criativa responsável por “Homem-Aranha: De Volta ao Lar” e “Homem-Aranha: Longe de Casa”, liderada pela produtora Amy Pascal.
Alvo de preconceito por parte do público e da crítica, o filão de super-heróis tem sido responsável por manter as engrenagens da indústria cinematográfica funcionando com suas gordas bilheterias, sobretudo os títulos produzidos pela Marvel em parceria com a Disney, vide o fenômeno da franquia “Vingadores”, iniciada há sete anos, cujo último filme, o já citado “Vingadores: Ultimato”, arrecadou US$ 2,795 bilhões e se tornou a maior bilheteria da História. E tudo isto numa época em que muito se discute acerca do papel da sala de exibição devido à popularização das plataformas de streaming e suas produções originais que, em sua maioria, não são exibidas na tela grande, exceto àquelas cujos realizadores têm aspirações mais ambiciosas que incluem bons resultados na temporada de premiações, como aconteceu recentemente com “Roma” (Idem – 2018), produção original Netflix que cumpriu exigências da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) para concorrer ao Oscar, dividindo opiniões dentro e fora de Hollywood – indicado a 10 categorias, o filme venceu apenas três estatuetas: melhor filme estrangeiro, direção e fotografia, todas para Alfonso Cuarón.
Ainda em cartaz, “Homem-Aranha: Longe de Casa” (Spider-Man: Far From Home – 2019) se tornou o filme mais lucrativo da Sony Pictures ao atingir, no último final de semana, a marca de US$ 1,109 bilhão, desbancando “Skyfall” (Idem – 2012), que mostra Daniel Craig como o agente James Bond e faturou US$ 1,108 bilhão ao redor do globo. De acordo com a matéria publicada pelo Deadline na última segunda-feira, dia 19, o estúdio decidiu comemorar lançando uma versão estendida do longa, com uma sequência de ação inédita de cerca de quatro minutos, nos cinemas americanos e canadenses no próximo dia 29.
Estrelado por Tom Holland, “Homem-Aranha: Longe de Casa” é também a maior arrecadação de uma produção cinematográfica solo do herói, que é um dos mais populares dentre os fãs dos quadrinhos criados por Stan Lee. Atualmente, o filme é o quarto título mais lucrativo de 2019 e o 26o da História do cinema, segundo o Box Office Mojo.
Ambientado oito meses após os eventos de “Vingadores: Ultimato” (Avengers: Endgame – 2019), “Homem-Aranha: Longe de Casa” mostra Peter Parker / Homem-Aranha (Tom Holland) lidando com a dor da perda de seu mentor, Tony Stark / Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), e com a realidade pós-Blip, como é chamado o desaparecimento de metade dos seres vivos do universo após o estalar de dedos de Thanos (Josh Brolin) em “Vingadores: Guerra Infinita” (Avengers: Infinity War – 2018). Tentando se recuperar emocionalmente, Peter decide tirar férias do posto de herói e embarcar com sua turma do colégio numa viagem ao Velho Continente, onde se depara com a ameaça dos Elementais, sendo convocado por Nick Fury (Samuel L. Jackson) para proteger a população no momento em que tem como único objetivo conquistar Mary Jane (Zendaya).
Há alguns anos, a Marvel se tornou uma das apostas mais certeiras da indústria cinematográfica, principalmente após a boa recepção do público a “Homem de Ferro” (Iron Man – 2008), de Jon Favreau. Era o início do Universo Cinematográfico da Marvel (UCM), ainda na Paramount Pictures. À época, o Homem-Aranha tentava se renovar na tela grande depois da trilogia protagonizada por Tobey Maguire e dirigida por Sam Raimi, composta por “Homem-Aranha” (Spider-Man – 2002), “Homem-Aranha 2” (Spider-Man – 2004) e “Homem-Aranha 3” (Spider-Man – 2007). No início dos anos 2010, Maguire foi substituído por Andrew Garfield, que interpretou Peter Parker / Homem-Aranha em dois filmes, “O Espetacular Homem-Aranha” (The Amazing Spider-Man – 2012) e “O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro” (The Amazing Spider-Man 2 – 2014), ambos sob a direção de Marc Webb.
No entanto, havia a necessidade de conceder certo frescor ao personagem e criar uma conexão com outros heróis da Marvel, impulsionando sua carreira cinematográfica com a produção de um sucesso estrondoso que não chegou com os filmes anteriores. Isto aconteceu por meio de um acordo entre a Sony e a Disney, atual proprietária da Marvel, que permitiu que o Amigo da Vizinhança fosse integrado ao time dos Vingadores e, consequentemente, ao UCM, oferecendo a ele uma nova chance de brilhar nos cinemas com um ator mais carismático que seus antecessores, Tom Holland.
Indicado para o papel por Chris Hemsworth, o Thor, com quem trabalhou em “No Coração do Mar” (2015), Holland assumiu a responsabilidade de dar vida à versão colegial de Peter, tendo como mestre o Tony Stark / Homem de Ferro, personagem que levou seu intérprete, Robert Downey Jr., de volta ao panteão da indústria após anos no limbo por problemas pessoais que afetaram sua imagem e carreira. O ator fez sua estreia no UCM em “Capitão América: Guerra Civil” (Captain America: Civil War – 2016), entrando em ação num filme solo do Amigo da Vizinhança somente no ano seguinte com “Homem-Aranha: De Volta ao Lar” (Spider-Man: Homecoming – 2017), que tinha um vilão interpretado pelo ex-Batman da concorrente DC, Michael Keaton.
No entanto, a permanência do Homem-Aranha no UCM é incerta. A Disney e a Sony ainda não confirmaram, mas o Deadline publicou nesta terça-feira, dia 20, que o acordo entre os estúdios chegou ao fim. Se a informação for confirmada, Peter Parker estará fora da Fase 4 do UCM, colocando em dúvida se o jovem herói prosseguirá como defensor do legado de Tony Stark. De acordo com a publicação, o rompimento foi causado pela tentativa da Casa do Mickey de aumentar seu controle sobre o universo do Cabeça de Teia, inclusive de outros personagens, dentre eles, Venom que ganhou um filme solo no ano passado, “Venom” (Idem – 2018), protagonizado por Tom Hardy. Além disso, a Disney queria aumentar sua participação nos lucros, ficando com 50%, numa divisão igualitária com a Sony, que se negou a prosseguir com o acordo em tais termos. Ainda segundo o Deadline, Tom Holland e o diretor Jon Watts têm contrato para mais dois filmes do personagem, que deverão ser desenvolvidos pela equipe criativa responsável por “Homem-Aranha: De Volta ao Lar” e “Homem-Aranha: Longe de Casa”, liderada pela produtora Amy Pascal.
Alvo de preconceito por parte do público e da crítica, o filão de super-heróis tem sido responsável por manter as engrenagens da indústria cinematográfica funcionando com suas gordas bilheterias, sobretudo os títulos produzidos pela Marvel em parceria com a Disney, vide o fenômeno da franquia “Vingadores”, iniciada há sete anos, cujo último filme, o já citado “Vingadores: Ultimato”, arrecadou US$ 2,795 bilhões e se tornou a maior bilheteria da História. E tudo isto numa época em que muito se discute acerca do papel da sala de exibição devido à popularização das plataformas de streaming e suas produções originais que, em sua maioria, não são exibidas na tela grande, exceto àquelas cujos realizadores têm aspirações mais ambiciosas que incluem bons resultados na temporada de premiações, como aconteceu recentemente com “Roma” (Idem – 2018), produção original Netflix que cumpriu exigências da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) para concorrer ao Oscar, dividindo opiniões dentro e fora de Hollywood – indicado a 10 categorias, o filme venceu apenas três estatuetas: melhor filme estrangeiro, direção e fotografia, todas para Alfonso Cuarón.