Uma década após a morte de Eliza Samudio, o goleiro Bruno disse que o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, condenado por ter sido o executor do assassinato e da ocultação do corpo da moça, não foi o responsável pela ação. A declaração consta em entrevista concedida ao jornal “O tempo”, de Minas Gerais.
Na reportagem, Bruno também disse que Luiz Henrique Romão, conhecido como “Macarrão”, é a peça-chave para desvendar o crime. Diante das declarações, a defesa do ex-policial disse que vai estudar se há base legal para pedir a reabertura do processo.
O goleiro afirmou que sequer conhecia Bola, e que o ex-policial teria sido implicado no crime por causa de uma rixa que tinha com Edson Moreira, delegado do caso.
“Até que me provem o contrário, para mim, o Bola é inocente. Nesse caso, ele é. Quero avaliar a prova que liga o Bola a esse assunto. Não tem. Foi muito mais naquela época lá, que tinha que condenar, quando o Macarrão falou no júri que o ‘Bruno agora é o mandante, agora fecha. O Bola é o executor’. Tá, ele é o executor, prova isso. Prova também que eu sou o mandante”, provocou.
Bola
O ex-policial foi condenado a 22 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado (por asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver.
Um dos advogados de Bola, Zanone Manoel Júnior, afirmou que vai se reunir com os colegas no caso, Ércio Quaresma e Fernando Magalhães, para estudar um possível pedido de revisão do processo.