O jornalista Boris Casoy desabafou sobre movimentos que criticam as vacinas usadas para imunização contra a Covid-19. Em entrevista ao “Conversa com Bial”, na Rede Globo, ele afirmou que o discurso é uma “bobagem” estimulada presidente Jair Bolsonaro com notícias falsas.
“Agora apareceu essa bobagem, essa besteira muito estimulada pelo presidente da República. Eu não perdoo Bolsonaro. Ele pode ter as virtudes que tiver, mas isso anula as virtudes”, iniciou o jornalista.
“Ser contra a vacina. Não tem ainda a vacina contra a burrice, mas vai surgir. Aí vem o presidente da república e combate a vacina. O Brasil demorou muito para começar a vacinar”, completou o profissional, um dos mais respeitados no segmento.
Durante a conversa, Boris também criticou a demora para a distribuição de vacinas no país e reforçou a importância dos imunizantes ao lembrar que a poliomielite durante a infância. “Se houvesse vacina, eu e minha irmã gêmea não teríamos sido vítimas da poliomielite. Cada criança salva é um cidadão lá na frente”, disse o apresentador. A poliomielite foi considerada erradicada graças a imunização da população.
À época, aos nove anos de idade, Boris e sua irmã realizaram tratamento contra a poliomielite nos Estados Unidos. “A gente remediou. Mas eu fiquei com os movimentos mais débeis. Foi uma operação que me salvou, mas nem todo mundo pôde ser operado”, encerrou ele, relembrando que por sorte sua família possuía recursos para tratá-lo.
Boris Casoy também criticou a soltura do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva: “O Lula foi liberado para ser candidato à Presidência da República depois de tudo que ele aprontou, de tudo que o PT aprontou. As pessoas estão sendo soltas e de repente você olha que algumas pessoas e empresas podem até ser indenizadas”.
O apresentador também elogiou a Operação Lava Jato, afirmando que foi neste momento em que mais sentiu esperança de que as coisas poderiam mudar no Brasil, mas que houve erros. “A Lava Jato teve erros. As gravações clandestinas, até criminosas, mostraram que a Lava Jato teve erros. Claro que eles são amplificados por aqueles que têm interesse em destruir a Lava Jato. Era um corpo doente (o Brasil), que estava sofrendo uma intervenção cirúrgica e está reagindo”, disse.
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