Após completarem 150 dias no último sábado (11), os assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes podem ter um novo impulso em suas investigações. Em um ofício enviado ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, o procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussen, afirmou ser favorável à participação da Polícia Federal nas apurações do crime cometido no Rio de Janeiro.
O documento foi divulgado na noite da última quinta-feira (16) pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ). Na manhã do mesmo dia, o ministro Raul Jungmann havia feito um pronunciamento no qual contou que o MP-RJ e a Polícia Civil do Rio haviam recusado o apoio da Polícia Federal nas investigações do assassinato da vereadora e de seu motorista.
Apesar de estar aberto para o novo apoio e afirmar que Polícia Federal tem pleno direito em contribuir nas investigações, o documento destaca também que a medida não deve ser confundida com o deslocamento de competência para a Justiça Federal. “Caso o interventor e seu gabinete avaliem que a PF deve atuar no caso, quer contribuindo com as investigações, quer assumindo-as, basta que seja formulada a devida requisição […] qualquer que seja a opção, tal medida não deve ser confundida com o deslocamento de competência para a Justiça Federal”, ressalta o documento.