Diretora do Hospital das Clínicas prevê explosão de casos de Covid-19 em janeiro

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O período posterior às festas natalinas prenuncia o recrudescimento da epidemia de Covid-19 em meio à sensação de exaustão generalizada, relata a coluna da jornalista Mônica Bergamo no jornal “Folha de São Paulo”. Após a queda no número de internações pelo novo Coronavírus em setembro e o início do remanejamento de leitos para outras enfermidades, […]

POR Redação SRzd25/12/2020|3 min de leitura

Diretora do Hospital das Clínicas prevê explosão de casos de Covid-19 em janeiro

Hospital das Clínicas. Foto: Reprodução de Internet

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O período posterior às festas natalinas prenuncia o recrudescimento da epidemia de Covid-19 em meio à sensação de exaustão generalizada, relata a coluna da jornalista Mônica Bergamo no jornal “Folha de São Paulo”.

Após a queda no número de internações pelo novo Coronavírus em setembro e o início do remanejamento de leitos para outras enfermidades, o Hospital das Clínicas, que só recebe quadros graves, já se prepara para uma possível explosão de casos em janeiro, diz Eloisa Bonfá.

“É como se o soldado tivesse saído da guerra e nós já tivéssemos que recrutar de novo”, diz Eloisa sobre sua categoria. “As trincheiras estão sendo preparadas para que, se acontecer, a gente consiga dar uma resposta que seja boa para São Paulo.” “As pessoas estão exaustas. O grande apoio que a sociedade pode nos dar agora é se cuidar. Não estamos falando de isolamento, mas de cuidado, afastamento, usar máscara. Isso vai fazer toda diferença até a vacina chegar.”

O Hospital das Clínicas é composto por oito institutos. Com a chegada do vírus, o Instituto Central foi adaptado exclusivamente para casos de Covid-19. Dos 2.400 leitos, cerca de 500 estão reservados para pacientes que receberam o diagnóstico da doença. Desde o dia 30 de março, seis mil pessoas já foram atendidas no local.

A médica é categórica ao dizer que nenhuma epidemia, nem mesmo a de H1N1, se compara ao desafio imposto pela Covid-19. “Elas não chegam nem perto do que vivenciamos agora”, diz. “Na do [vírus] H1N1, eu lembro que a gente achou que fez um ato heroico por montar dez leitos de UTI em 24 horas.”

Ela diz que os brasileiros precisam entender sua responsabilidade social. “As pessoas estão bebendo e comendo como se nada estivesse acontecendo e depois ainda encontram o pai, o avô”, afirma. “Caminhamos para um número que está subindo como se fosse a primeira onda. Isso, para mim, é de tirar o sono.”

A médica diz que o Hospital das Clínicas não usa cloroquina e aposta na vacina para combater a pandemia. “É preciso convencer a população a aderir à imunização”.

“As vacinas estão passando por protocolos internacionais extremamente rígidos. Qualquer vacina deve ser muito bem-vinda.” “Se tem uma coisa que une a saúde, a vida e a economia é a vacina. Se nós tivermos vacina, vidas serão salvas, o desemprego vai diminuir e as lojas e os restaurantes vão abrir.”










O período posterior às festas natalinas prenuncia o recrudescimento da epidemia de Covid-19 em meio à sensação de exaustão generalizada, relata a coluna da jornalista Mônica Bergamo no jornal “Folha de São Paulo”.

Após a queda no número de internações pelo novo Coronavírus em setembro e o início do remanejamento de leitos para outras enfermidades, o Hospital das Clínicas, que só recebe quadros graves, já se prepara para uma possível explosão de casos em janeiro, diz Eloisa Bonfá.

“É como se o soldado tivesse saído da guerra e nós já tivéssemos que recrutar de novo”, diz Eloisa sobre sua categoria. “As trincheiras estão sendo preparadas para que, se acontecer, a gente consiga dar uma resposta que seja boa para São Paulo.” “As pessoas estão exaustas. O grande apoio que a sociedade pode nos dar agora é se cuidar. Não estamos falando de isolamento, mas de cuidado, afastamento, usar máscara. Isso vai fazer toda diferença até a vacina chegar.”

O Hospital das Clínicas é composto por oito institutos. Com a chegada do vírus, o Instituto Central foi adaptado exclusivamente para casos de Covid-19. Dos 2.400 leitos, cerca de 500 estão reservados para pacientes que receberam o diagnóstico da doença. Desde o dia 30 de março, seis mil pessoas já foram atendidas no local.

A médica é categórica ao dizer que nenhuma epidemia, nem mesmo a de H1N1, se compara ao desafio imposto pela Covid-19. “Elas não chegam nem perto do que vivenciamos agora”, diz. “Na do [vírus] H1N1, eu lembro que a gente achou que fez um ato heroico por montar dez leitos de UTI em 24 horas.”

Ela diz que os brasileiros precisam entender sua responsabilidade social. “As pessoas estão bebendo e comendo como se nada estivesse acontecendo e depois ainda encontram o pai, o avô”, afirma. “Caminhamos para um número que está subindo como se fosse a primeira onda. Isso, para mim, é de tirar o sono.”

A médica diz que o Hospital das Clínicas não usa cloroquina e aposta na vacina para combater a pandemia. “É preciso convencer a população a aderir à imunização”.

“As vacinas estão passando por protocolos internacionais extremamente rígidos. Qualquer vacina deve ser muito bem-vinda.” “Se tem uma coisa que une a saúde, a vida e a economia é a vacina. Se nós tivermos vacina, vidas serão salvas, o desemprego vai diminuir e as lojas e os restaurantes vão abrir.”










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