Em delação, viúva de Adriano da Nóbrega aponta mandante do assassinato de Marielle

  • Icon instagram_blue
  • Icon youtube_blue
  • Icon x_blue
  • Icon facebook_blue
  • Icon google_blue

Em conversas com promotores do Rio, Julia Mello Lotufo, viúva do ex-capitão da PM, Adriano Magalhães da Nóbrega, revelou quem foi o mandante da execução da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, em 2018. Segundo a viúva, o assassinato da ex-parlamentar foi realizado pela milícia que atua na comunidade Gardênia Azul. Um dos chefes […]

POR Redação SRzd16/07/2021|3 min de leitura

Em delação, viúva de Adriano da Nóbrega aponta mandante do assassinato de Marielle

Marielle Franco. Foto: Reprodução/Facebook

| Siga-nos Google News

Em conversas com promotores do Rio, Julia Mello Lotufo, viúva do ex-capitão da PM, Adriano Magalhães da Nóbrega, revelou quem foi o mandante da execução da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, em 2018.

Segundo a viúva, o assassinato da ex-parlamentar foi realizado pela milícia que atua na comunidade Gardênia Azul. Um dos chefes da milícia é o ex-vereador Cristiano Girão (ex-policial). Não se sabe ainda quem ela indicou aos promotores como o mandante do crime. Adriano da Nóbrega e Julia Lotufo foram funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro quando o atual senador ocupava uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio.

De acordo com o jornalista Daniel Pereira, em reportagem na revista “Veja”, “de acordo com o relato de Julia, integrantes da milícia que atua na comunidade Gardênia Azul procuraram o ex-capitão para discutir a possibilidade de ele preparar um plano para assassinar Marielle. Ao fazer a sondagem, alegaram que a atuação da vereadora estaria colocando em risco os negócios da milícia não só em Gardênia Azul, mas em Rio das Pedras. Segundo a viúva contou às promotoras, Adriano teria considerado a ideia absurda e arriscada demais, especialmente por envolver uma parlamentar. Tempos depois, ele foi surpreendido com a notícia do crime”.

Os anexos de Julia estão sob sigilo, mas a “Veja” conseguiu reconstituir o que ela já disse sobre a ligação do ex-­marido com o caso Marielle.

“Ao cobrar satisfações de comparsas de Rio das Pedras, teria ouvido que a ordem partiu do alto-comando da Gardênia Azul. Nenhuma das fontes consultadas pela reportagem quis informar o nome da pessoa que, conforme o relato de Julia, ordenou a execução de Marielle e Anderson”, destaca a reportagem.

Em regime de prisão domiciliar, Julia Mello foi obrigada a usar tornozeleira eletrônica. Ela propôs a colaboração premiada para conseguir a revogação das medidas restritivas determinadas pela Justiça. O Ministério Público ainda não respondeu se aceita a delação. Recentemente ela contratou o advogado goiano Demóstenes Torres, apontado pelos pares como um dos mais qualificados do país.

Marielle Franco era ativista de direitos humanos e vivia denunciando a violência cometida por policiais nas favelas, bem como a atuação de milícias. Os atiradores perseguiram o automóvel dela por cerca de três, quatro quilômetros, e efetuaram os disparos em um lugar sem câmeras na região central do Rio.

As circunstâncias das mortes de Marielle, Anderson Gomes e de Adriano Magalhães da Nóbrega, em fevereiro de 2020, ainda não foram totalmente esclarecidas.

Leia também:

+ Paes diz que Lula pode ter outro adversário no segundo turno em 2022

+ CPI investiga ligação de Flavio Bolsonaro com hospitais federais do Rio

+ Como cada deputado votou para aprovar aumento do fundo eleitoral para quase R$ 6 bilhões

+ Internado, Bolsonaro é provocado por apresentador: ‘Chega de mimimi, levanta logo, deixa de ser fouxo’

+ ‘Não é o melhor caminho’: Rezende fala sobre uma possível politização da doença de Bolsonaro

+ Primeira-dama compartilha Bolsonaro andando pelo hospital

Em conversas com promotores do Rio, Julia Mello Lotufo, viúva do ex-capitão da PM, Adriano Magalhães da Nóbrega, revelou quem foi o mandante da execução da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, em 2018.

Segundo a viúva, o assassinato da ex-parlamentar foi realizado pela milícia que atua na comunidade Gardênia Azul. Um dos chefes da milícia é o ex-vereador Cristiano Girão (ex-policial). Não se sabe ainda quem ela indicou aos promotores como o mandante do crime. Adriano da Nóbrega e Julia Lotufo foram funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro quando o atual senador ocupava uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio.

De acordo com o jornalista Daniel Pereira, em reportagem na revista “Veja”, “de acordo com o relato de Julia, integrantes da milícia que atua na comunidade Gardênia Azul procuraram o ex-capitão para discutir a possibilidade de ele preparar um plano para assassinar Marielle. Ao fazer a sondagem, alegaram que a atuação da vereadora estaria colocando em risco os negócios da milícia não só em Gardênia Azul, mas em Rio das Pedras. Segundo a viúva contou às promotoras, Adriano teria considerado a ideia absurda e arriscada demais, especialmente por envolver uma parlamentar. Tempos depois, ele foi surpreendido com a notícia do crime”.

Os anexos de Julia estão sob sigilo, mas a “Veja” conseguiu reconstituir o que ela já disse sobre a ligação do ex-­marido com o caso Marielle.

“Ao cobrar satisfações de comparsas de Rio das Pedras, teria ouvido que a ordem partiu do alto-comando da Gardênia Azul. Nenhuma das fontes consultadas pela reportagem quis informar o nome da pessoa que, conforme o relato de Julia, ordenou a execução de Marielle e Anderson”, destaca a reportagem.

Em regime de prisão domiciliar, Julia Mello foi obrigada a usar tornozeleira eletrônica. Ela propôs a colaboração premiada para conseguir a revogação das medidas restritivas determinadas pela Justiça. O Ministério Público ainda não respondeu se aceita a delação. Recentemente ela contratou o advogado goiano Demóstenes Torres, apontado pelos pares como um dos mais qualificados do país.

Marielle Franco era ativista de direitos humanos e vivia denunciando a violência cometida por policiais nas favelas, bem como a atuação de milícias. Os atiradores perseguiram o automóvel dela por cerca de três, quatro quilômetros, e efetuaram os disparos em um lugar sem câmeras na região central do Rio.

As circunstâncias das mortes de Marielle, Anderson Gomes e de Adriano Magalhães da Nóbrega, em fevereiro de 2020, ainda não foram totalmente esclarecidas.

Leia também:

+ Paes diz que Lula pode ter outro adversário no segundo turno em 2022

+ CPI investiga ligação de Flavio Bolsonaro com hospitais federais do Rio

+ Como cada deputado votou para aprovar aumento do fundo eleitoral para quase R$ 6 bilhões

+ Internado, Bolsonaro é provocado por apresentador: ‘Chega de mimimi, levanta logo, deixa de ser fouxo’

+ ‘Não é o melhor caminho’: Rezende fala sobre uma possível politização da doença de Bolsonaro

+ Primeira-dama compartilha Bolsonaro andando pelo hospital

Notícias Relacionadas

Ver tudo