Faculdade Cásper Líbero demite professores; alunos apontam perseguição política

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Uma das mais tradicionais instituições de ensino com foco em comunicação, a faculdade Cásper Líbero desligou profissionais de todos os cursos, de acordo com a apuração do site “Comunique-se”. Nas redes sociais e em grupos fechados no Facebook, alunos reclamam dos cortes, cobram explicações e afirmam que a medida se trata de perseguição política. Após […]

POR Redação SRzd18/12/2017|3 min de leitura

Faculdade Cásper Líbero demite professores; alunos apontam perseguição política

Fachada do Prédio da Gazeta. Foto: Reprodução de Internet

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Uma das mais tradicionais instituições de ensino com foco em comunicação, a faculdade Cásper Líbero desligou profissionais de todos os cursos, de acordo com a apuração do site “Comunique-se”.

Nas redes sociais e em grupos fechados no Facebook, alunos reclamam dos cortes, cobram explicações e afirmam que a medida se trata de perseguição política.

Após os cortes, representantes do Centro Acadêmico Vladimir Herzog, Lorena Alves e Thaís Chaves, participaram de reunião com o diretor da faculdade, professor Doutor Carlos Roberto da Costa.

As estudantes relatam que buscaram explicações para as demissões, mas não encontraram muitas respostas. Durante a conversa, quatro motivos foram mencionados como geradores das dispensas: falta de respeito com o discente, avaliação negativa em pesquisa interna, falta de caráter e a não adequação ao projeto de gestão que está sendo implementado.

As alunas ainda relatam que não se sentiram confortáveis na reunião.

“Éramos as únicas alunas representando o corpo discente em um encontro com o diretor da faculdade e com o corpo docente inteiro. [Carlos Costa] nos interrompeu muitas vezes, nos desrespeitou, tentou nos humilhar e encerrar a reunião de forma abrupta, em uma clara tentativa de silenciamento”, relatou Thaís Chaves no vídeo que conta com mais de 50 compartilhamentos.

“Apoiamos os professores demitidos e temos a certeza de que essa luta não é em vão”, complementou Lorena Alves.

Com a situação, professores com mais de dez anos de Cásper Líbero postaram textos no Facebook falando sobre momento. É o caso do vice-diretor, Roberto Chiachiri,
que dedicou catoeze anos à faculdade.

“A Cásper Líbero foi uma etapa plena de realizações que, por minha iniciativa ou da própria instituição, me levaram a acreditar num trabalho sério e que pudesse contribuir para a construção de um mundo melhor por meio do conhecimento e da educação”, escreveu.

O professor Dimas Künsch, que dava aulas para a graduação e pós-graduação, também estava na faculdade há catorze anos. Ele afirma que o grupo cortado foi “demitido, ferido, mas não derrotado”.

“Acreditamos que ser professores vale a pena, que há muito amor, garra e sentido social, político e cidadão no que fazemos. Somos gratos, imensamente gratos a tantos alunos e professores com quem pudemos dividir esses sentimentos no tempo que nos foi permitido trabalhar na Cásper Líbero”, comentou.

“O momento é difícil. Demissões na Cásper, na Metodista e em outras instituições deixam dezenas de professores doutores desempregados num país em frangalhos, mas diferentemente de quem não tem vida além do trabalho, perdemos o emprego, não nossas vidas que seguem o seu curso [quase] natural”, escreveu a professora Cilene Victor.

A direção da faculdade afirmou ao site que o corte é previsto em todo final de ano.

“A instituição leva em consideração as necessidades de atualização do corpo docente para o próximo ano, de acordo com avaliação realizada. Com aproximadamente 90 docentes, entre Graduação e Pós-Graduação, em janeiro já temos programado o processo seletivo para reposição das vagas”.

Uma das mais tradicionais instituições de ensino com foco em comunicação, a faculdade Cásper Líbero desligou profissionais de todos os cursos, de acordo com a apuração do site “Comunique-se”.

Nas redes sociais e em grupos fechados no Facebook, alunos reclamam dos cortes, cobram explicações e afirmam que a medida se trata de perseguição política.

Após os cortes, representantes do Centro Acadêmico Vladimir Herzog, Lorena Alves e Thaís Chaves, participaram de reunião com o diretor da faculdade, professor Doutor Carlos Roberto da Costa.

As estudantes relatam que buscaram explicações para as demissões, mas não encontraram muitas respostas. Durante a conversa, quatro motivos foram mencionados como geradores das dispensas: falta de respeito com o discente, avaliação negativa em pesquisa interna, falta de caráter e a não adequação ao projeto de gestão que está sendo implementado.

As alunas ainda relatam que não se sentiram confortáveis na reunião.

“Éramos as únicas alunas representando o corpo discente em um encontro com o diretor da faculdade e com o corpo docente inteiro. [Carlos Costa] nos interrompeu muitas vezes, nos desrespeitou, tentou nos humilhar e encerrar a reunião de forma abrupta, em uma clara tentativa de silenciamento”, relatou Thaís Chaves no vídeo que conta com mais de 50 compartilhamentos.

“Apoiamos os professores demitidos e temos a certeza de que essa luta não é em vão”, complementou Lorena Alves.

Com a situação, professores com mais de dez anos de Cásper Líbero postaram textos no Facebook falando sobre momento. É o caso do vice-diretor, Roberto Chiachiri,
que dedicou catoeze anos à faculdade.

“A Cásper Líbero foi uma etapa plena de realizações que, por minha iniciativa ou da própria instituição, me levaram a acreditar num trabalho sério e que pudesse contribuir para a construção de um mundo melhor por meio do conhecimento e da educação”, escreveu.

O professor Dimas Künsch, que dava aulas para a graduação e pós-graduação, também estava na faculdade há catorze anos. Ele afirma que o grupo cortado foi “demitido, ferido, mas não derrotado”.

“Acreditamos que ser professores vale a pena, que há muito amor, garra e sentido social, político e cidadão no que fazemos. Somos gratos, imensamente gratos a tantos alunos e professores com quem pudemos dividir esses sentimentos no tempo que nos foi permitido trabalhar na Cásper Líbero”, comentou.

“O momento é difícil. Demissões na Cásper, na Metodista e em outras instituições deixam dezenas de professores doutores desempregados num país em frangalhos, mas diferentemente de quem não tem vida além do trabalho, perdemos o emprego, não nossas vidas que seguem o seu curso [quase] natural”, escreveu a professora Cilene Victor.

A direção da faculdade afirmou ao site que o corte é previsto em todo final de ano.

“A instituição leva em consideração as necessidades de atualização do corpo docente para o próximo ano, de acordo com avaliação realizada. Com aproximadamente 90 docentes, entre Graduação e Pós-Graduação, em janeiro já temos programado o processo seletivo para reposição das vagas”.

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