Com paralisação geral de caminhoneiros agendada para o próximo dia 1º de fevereiro, o governo federal incluiu profissionais da área de transporte no grupo prioritário na campanha de vacinação contra a Covid-19.
O novo informe técnico, divulgado esta semana, acrescenta ao grupo trabalhadores dos setores rodoviário, ferroviário, portuário, aquaviário e aéreo.
Além dos caminhoneiros, também entram na lista portuários, incluindo aqueles que atuam na área administrativa, funcionários das companhias aéreas nacionais, de empresas metroferroviárias de passageiros e de cargas, de empresas brasileiras de navegação e motoristas e cobradores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso.
O Ministério da Infraestrutura atuou em prol da inclusão dos trabalhadores por considerar que os mencionados segmentos prestam serviços essenciais.
“Essa é uma grande notícia para nossos trabalhadores que continuaram, mesmo durante toda a pandemia, prestando um grande serviço ao nosso país. Esses profissionais terão o suporte do governo federal para garantir a vacinação como grupo prioritário, e vamos garantir segurança e as condições que eles precisam para continuar nas estradas, nos portos e nas ferrovias”, afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) comemorou a inclusão dos segmentos. A entidade vinha pressionando o governo federal desde dezembro.
“Por serem considerados essenciais para o desenvolvimento do Brasil, o Ministério da Saúde atendeu a reinvindicação da CNT. Esse é um reconhecimento da importância do trabalho que vem sendo desempenhado pelo setor, essencial para a manutenção das atividades de todo o país”, afirmou o presidente da CNT, Vander Costa.
Iniciada esta semana, a vacinação começou pelo primeiro grupo prioritário, que inclui trabalhadores de saúde, pessoas com deficiência, brasileiros com 60 anos ou mais institucionalizados e população indígena aldeada.
O governo ainda não divulgou cronograma para vacinação dos demais grupos prioritários.
Os caminhoneiros protestam contra a alta do preço do combustível (em dezembro, o óleo diesel S10 era encontrado, em média, a R$ 3,683 no país, segundo dados da ANP) e o projeto de lei (PL) da BR do Mar.
Os motoristas pedem também a instituição de um piso mínimo de frete e o Código Identificador da Operação de Transporte (Ciot) “para todos”. O código ajuda a regulamentar e fiscalizar o pagamento do valor do frete.