A Justiça do Paraná mandou soltar nesta quinta-feira (4) o ex-governador do Paraná Beto Richa, preso no mês passado, por determinação da 9ª Vara Criminal de Curitiba, em função das investigações da Operação Quadro Negro, que apura a suspeita de desvios de recursos destinados à construção e reformas de escolas públicas estaduais entre os anos de 2012 e 2015.
A soltura de Beto Richa foi determinada pela segunda instância do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) após pedido de liberdade feito pela defesa. Por dois votos a um, os desembargadores optaram por libertar o tucano. Ele havia sido preso no último dia 19.
De acordo com as investigações, parte do dinheiro desviado teria sido usado em campanhas eleitorais de Beto Richa. Com essa, o ex-governador do Paraná já acumula três passagens pela prisão em um ano. Desta vez, a prisão do tucano foi determinada pelo juiz Fernando Bardelli Silva Fischer, da 9ª Vara Criminal de Curitiba.
O político terá que cumprir medidas cautelares para ficar em liberdade. Ele não vai usar tornozeleira eletrônica, mas deverá entregar o passaporte, cumprir recolhimento domiciliar (após as 18h, nos fins de semana e nos feriados), não poderá ter contato com os demais réus na Quadro Negro e também fica proibido de trabalhar para qualquer instituição pública. O MP-PR informou que vai recorrer da decisão.