O Tribunal Superior Eleitoral celebrou o relatório do Ministério da Defesa, divulgado na noite desta quarta-feira (9), sobre as eleições gerais do país.
O documento é fruto do trabalho de fiscalização do sistema eletrônico de votação feito pelas Forças Armadas. O relatório não destaca elementos que indiquem possibilidades de fraude no pleito do último dia 30 de outubro, que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
“O TSE recebeu com satisfação o relatório final do Ministério da Defesa, que, assim como todas as demais entidades fiscalizadoras, não apontou a existência de nenhuma fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022. As sugestões encaminhadas para aperfeiçoamento do sistema serão oportunamente analisadas. O TSE reafirma que as urnas eletrônicas são motivo de orgulho nacional, e que as Eleições de 2022 comprovam a eficácia, a lisura e a total transparência da apuração e da totalização dos votos”, destacou o TSE em nota.
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Mesmo sem indicar fraudes, o documento apontou que “foi observado que a ocorrência de acesso à rede, durante a compilação do código-fonte e consequente geração dos programas (códigos binários), pode configurar relevante risco à segurança do processo”.
Outro aspecto trata dos testes de funcionalidade, realizados por meio do Teste de Integridade e do Projeto-Piloto com Biometria. Para o Ministério da Defesa, “não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento”. O relatório não diz como o sistema poderia ter o funcionamento alterado ou se isso ocorreu.
Antes, o Tribunal de Contas da União já havia confirmado a lisura do processo eleitoral brasileiro. Na terça-feira, dia 8, o presidente em exercício do TCU, ministro Bruno Dantas, afirmou que não houve fraude ou irregularidade nas eleições presidenciais de 2022.
“O relatório que está sendo elaborado, mas as conclusões nós já tivemos acesso e já disponibilizamos. Existe um painel eletrônico do TCU mostrando os boletins de urna que foram auditados. O relatório indica com todas as letras que não houve qualquer divergência entre o voto que foi depositado nas urnas pelos eleitores e aquele número que foi apontado pelo Tribunal Superior Eleitoral na totalização”, declarou o presidente do TCU.