‘Quem ganhar leva’: Alto-Comando do Exército contraria Bolsonaro e vai respeitar resultado das urnas

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O Alto-Comando do Exército decidiu que quem vencer a eleição presidencial, que tem primeiro turno marcado para domingo (2), terá o resultado respeitado e será empossado sem qualquer interferência por parte dos seus militares. A decisão foi sacramentada por 16 oficiais-generais em reunião no Quartel-General do Exército, em Brasília. “Quem ganhar leva”, enfatizaram os militares, segundo o […]

POR Redação SRzd30/09/2022|3 min de leitura

‘Quem ganhar leva’: Alto-Comando do Exército contraria Bolsonaro e vai respeitar resultado das urnas

Reunião no Quartel-General do Exército em Brasília. Foto: Centro de Comunicação Social do Exército/CCOMSEx

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O Alto-Comando do Exército decidiu que quem vencer a eleição presidencial, que tem primeiro turno marcado para domingo (2), terá o resultado respeitado e será empossado sem qualquer interferência por parte dos seus militares.

A decisão foi sacramentada por 16 oficiais-generais em reunião no Quartel-General do Exército, em Brasília. “Quem ganhar leva”, enfatizaram os militares, segundo o jornal “O Estado de São Paulo”, diante dos indicativos de que o presidente Jair Bolsonaro questione o resultado do pleito.

O assunto foi abordado em uma das reuniões do Alto-Comando do Exército (RACE), mas até então vinha sendo mantido de forma discreta. Oficialmente, segundo a reportagem, esses encontros (cinco, entre 1 e 5 de agosto) foram divulgados em notas formais.


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“Como de praxe, o comunicado informava apenas que foram discutidos assuntos ‘de interesse da Força. O Estadão apurou que, ao passo que a decisão dos generais se espalhava pelos quartéis do país, os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica começaram a evitar exposição política e a dar sinais de distanciamento da inédita auditoria das eleições, que vai checar parcialmente a soma dos votos no domingo e monitorar testes de funcionamento das urnas eletrônicas. A auditoria foi um pedido do presidente Jair Bolsonaro”, diz trecho da reportagem.

Sobre a  auditoria, ela  será centralizada em uma sala do Ministério da Defesa. “O roteiro traçado é emitir, na própria noite de domingo (dia da votação), um documento contendo os achados técnicos da fiscalização. A pasta pretende concluir o trabalho em quatro horas e enviar por volta de 21 horas a auditoria ao TSE”, completa o texto, ressaltando que o parecer sobre a auditoria que será feita por militares “deve se restringir a reportar o trabalho de fiscalização nas suas duas últimas fases: os testes de integridade das urnas e a checagem amostral do somatório por meio de boletins de votação”.

Partido de Bolsonaro questiona urnas e TSE rebate acusações

O PL, partido do candidato à reeleição Jair Bolsonaro, divulgou, na última quarta-feira (28), um relatório que contesta a segurança do sistema eleitoral do país, vigente desde 1996.

O documento de duas páginas chama-se Resultados da Auditoria de Conformidade do PL e afirma haver um “quadro de atraso” no TSE em relação a “medidas de segurança da informação”, o que geraria “vulnerabilidades relevantes”.

O Tribunal Superior Eleitoral rebateu as informações e classificou as conclusões do documento como “falsas e mentirosas, sem nenhum amparo na realidade”. A Corte ainda afirmou que o parecer traz “informações fraudulentas e atentatórias ao Estado Democrático de Direito” e tem o objetivo de “tumultuar o curso natural do processo eleitoral”.

O texto informa que o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, determinou a “apuração de responsabilidade criminal dos idealizadores” do documento e a “instauração de procedimento administrativo” contra o PL e seus dirigentes em “um eventual desvio de finalidade na utilização de recursos do fundo partidário”.

Antes, a Justiça Eleitoral já tinha descartado a possibilidade de invasões, argumentando que as urnas eletrônicas não são ligadas à internet, tampouco são conectadas entre si, o que impossibilita qualquer intrusão interna por um hacker.

O Alto-Comando do Exército decidiu que quem vencer a eleição presidencial, que tem primeiro turno marcado para domingo (2), terá o resultado respeitado e será empossado sem qualquer interferência por parte dos seus militares.

A decisão foi sacramentada por 16 oficiais-generais em reunião no Quartel-General do Exército, em Brasília. “Quem ganhar leva”, enfatizaram os militares, segundo o jornal “O Estado de São Paulo”, diante dos indicativos de que o presidente Jair Bolsonaro questione o resultado do pleito.

O assunto foi abordado em uma das reuniões do Alto-Comando do Exército (RACE), mas até então vinha sendo mantido de forma discreta. Oficialmente, segundo a reportagem, esses encontros (cinco, entre 1 e 5 de agosto) foram divulgados em notas formais.


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“Como de praxe, o comunicado informava apenas que foram discutidos assuntos ‘de interesse da Força. O Estadão apurou que, ao passo que a decisão dos generais se espalhava pelos quartéis do país, os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica começaram a evitar exposição política e a dar sinais de distanciamento da inédita auditoria das eleições, que vai checar parcialmente a soma dos votos no domingo e monitorar testes de funcionamento das urnas eletrônicas. A auditoria foi um pedido do presidente Jair Bolsonaro”, diz trecho da reportagem.

Sobre a  auditoria, ela  será centralizada em uma sala do Ministério da Defesa. “O roteiro traçado é emitir, na própria noite de domingo (dia da votação), um documento contendo os achados técnicos da fiscalização. A pasta pretende concluir o trabalho em quatro horas e enviar por volta de 21 horas a auditoria ao TSE”, completa o texto, ressaltando que o parecer sobre a auditoria que será feita por militares “deve se restringir a reportar o trabalho de fiscalização nas suas duas últimas fases: os testes de integridade das urnas e a checagem amostral do somatório por meio de boletins de votação”.

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O PL, partido do candidato à reeleição Jair Bolsonaro, divulgou, na última quarta-feira (28), um relatório que contesta a segurança do sistema eleitoral do país, vigente desde 1996.

O documento de duas páginas chama-se Resultados da Auditoria de Conformidade do PL e afirma haver um “quadro de atraso” no TSE em relação a “medidas de segurança da informação”, o que geraria “vulnerabilidades relevantes”.

O Tribunal Superior Eleitoral rebateu as informações e classificou as conclusões do documento como “falsas e mentirosas, sem nenhum amparo na realidade”. A Corte ainda afirmou que o parecer traz “informações fraudulentas e atentatórias ao Estado Democrático de Direito” e tem o objetivo de “tumultuar o curso natural do processo eleitoral”.

O texto informa que o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, determinou a “apuração de responsabilidade criminal dos idealizadores” do documento e a “instauração de procedimento administrativo” contra o PL e seus dirigentes em “um eventual desvio de finalidade na utilização de recursos do fundo partidário”.

Antes, a Justiça Eleitoral já tinha descartado a possibilidade de invasões, argumentando que as urnas eletrônicas não são ligadas à internet, tampouco são conectadas entre si, o que impossibilita qualquer intrusão interna por um hacker.

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