O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (17) que irá “abrasileirar” o preço dos combustíveis, caso seja eleito neste ano. A declaração foi dada em entrevista à rádio Progresso.
Lula promete mudar a política de preços da Petrobras, que vinculou o preço dos combustíveis no Brasil ao dólar, fazendo com que o litro da gasolina, em algumas regiões do país, seja vendido a R$ 8.
“Na hora que eles privatizaram a BR, o que aconteceu? Apareceram neste país 432 empresas que estão importando gasolina dos Estados Unidos, a preço de dólar, e aí o preço é internacional. E quem paga? O nosso companheiro que tem um caminhão, os pobres que têm um carro. E no final das contas sobra para quem não tem carro nem caminhão, que é o povo que vai ao supermercado comprar as coisas que estão mais caras porque o preço da gasolina, do diesel e do gás entra no preço dos alimentos. Então o povo está pagando gás, diesel e gasolina a preços que jamais poderiam pagar. A gente não deveria estar exportando petróleo cru e importante gasolina. A gente deveria estar exportando gasolina chique para os Estados Unidos, para a Europa”, reclamou o petista.
O ex-presidente não informou como pretende fazer isso. Ele admitiu o nervosismo do mercado com a interferência, mas ressaltou a necessidade de encontrar alternativas para reduzir o preço dos combustíveis.
“Quero dizer em alto e bom som. Eu sei que o mercado fica nervoso quando eu falo, mas eu quero que eles vejam o seguinte: nós vamos ‘abrasileirar’ o preço da gasolina. O preço vai ser brasileiro porque os investimentos são feitos em reais. A gente vai tirar petróleo, aumentar a capacidade de refino”, disse Lula.
Lula, no entanto, não informou como pretende fazer isso. Ele admitiu o nervosismo do mercado com a interferência, mas ressaltou a necessidade de encontrar alternativas para reduzir o preço dos combustíveis.
A Petrobras atualmente altera os preços dos combustíveis conforme o movimento do dólar e as mudanças no valor do barril de petróleo no mercado internacional. Lula argumentou que o Brasil consegue manter a produção com o pré-sal, o que provocaria uma redução maior nós preços dos combustíveis.
“O custo do barril do pré-sal equivale ao da Arábia Saudita. Como o Brasil é autossuficiente, não precisa seguir o preço internacional. Hoje, 432 empresas importam gasolina dos Estados Unidos em dólar. E quem paga mais caro? O povo, o caminhoneiro, o preço no custo dos alimentos”, completou o ex-presidente.
Leia também:
+ Ataque às eleições é estratégia autoritária, diz Barroso ao deixar TSE
+ Distância entre Lula e Bolsonaro cai cinco pontos no primeiro turno, diz pesquisa