Luto na TV. Fátima Sampaio, a esposa de Cid Moreira, revelou o último desejo do marido, que morreu na manhã desta quinta-feira (3), aos 97 anos.

Cid pediu para ser enterrado no mesmo cemitério onde estão os restos mortais de sua primeira parceira, de uma filha e de um neto na cidade de Taubaté, no interior de São Paulo.

“Ele falou para mim que quer ser enterrado em Taubaté, ele quer ficar perto da primeira esposa, da filha que foi e do neto que foi”, disse ela ao vivo no programa “Encontro”, da Globo.

Fátima planeja fazer o velório em Petrópolis, onde ele viveu em seus últimos anos de vida, ou no Rio de Janeiro.

“Ele ama Petrópolis, fazer uma despedida em Petrópolis antes ou no Rio. E depois ir para a terra natal. Tantas histórias lindas que ele tem em Taubaté”, disse ela.

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Causa da morte

Ícone da TV brasileira, Cid Moreira morreu em decorrência da falência de múltiplos órgãos após ficar internado por 29 dias em um hospital na região serrana do Rio de Janeiro.

O apresentador teve complicações em sua saúde após ser diagnosticado com uma infecção no local da diálise que realizava há três anos. O quadro de saúde dele se agravou durante a internação e ele veio à óbito.

Trajetória

Cid nasceu no dia 29 de setembro de 1927, em Taubaté, interior de São Paulo. O timbre da sua voz chamava a atenção desde cedo e, quando tinha apenas 17 anos, foi incentivado por um amigo a fazer um teste na Rádio Difusora, na própria cidade, e conseguiu o cargo de locutor.

Trabalhou na Rádio Bandeirantes, no Jornal da Vanguarda, TV Tupi, TV Excelsior e TV Continental. Desde a década de 1970, lançou vários audiolivros nos quais narrava Salmos Bíblicos.

Apresentou o Jornal Nacional na Rede Globo pela primeira vez no primeiro dia do mês de setembro, 1969. Primeiro apresentador e co-fundador do principal noticiário do Brasil, permaneceu na bancada até 1996.

Ainda na Globo, emprestou sua voz para reportagens especiais e documentários e fez muito sucesso ao mostrar uma face mais solta e descontraída no Fantástico, no final da década de 90.

Paralelamente ao seu trabalho no jornalismo, Cid Moreira narrou vários comerciais – sempre em off, por restrições contratuais

Seu “vozeirão” marcante e inconfundível o tornou grande referência na história da comunicação brasileira e deixará saudades para familiares, amigos e fãs da TV.