A Suprema Corte dos Estados Unidos pôs fim, nesta sexta-feira (24), ao direito constitucional que garantia às mulheres americanas o acesso ao aborto legal.
A sentença era válida no país desde 1973, após o histórico embate de Roe contra Wade, no qual foi estabelecido o direito ao aborto no país. No entanto, a nova ordem não proíbe automaticamente o procedimento em todo o território americano. Agora, dependerá de cada estado norte-americano o veredito individual que decidirá se a a interrupção da gravidez será ou não considerada ilegal.
Formada por uma maioria conservadora, a medida anunciada pela Corte contabilizou seis votos a três, o que representa uma vitória para a população americana que era contra esse procedimento, especialmente grupos religiosos e o Partido Republicano.
Joe Biden, atual presidente dos Estados Unidos, se pronunciou sobre o caso e criticou a decisão tomada pelo Supremo.
“Este é o resultado de décadas de tentativas de acabar com essa lei. É uma ideologia extrema. A Suprema Corte fez algo que nunca havia feito antes, que é retirar um direito constitucional dos americanos. As mulheres podem ser punidas por quererem proteger sua própria saúde, ou os médicos serão criminalizados por fazer seu dever de cuidar. Farei de tudo o que estiver no meu poder para proteger a saúde das mulheres“, declarou ele.
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