O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que determinou a prisão de Roberto Jefferson, parabenizou a Polícia Federal assim que a prisão foi efetuada, na noite deste domingo (23), cerca de oito horas depois de resistência do ex-deputado.
“Parabéns pelo competente e profissional trabalho da Polícia Federal, orgulho de todos nós brasileiros e brasileiras. Inadmissível qualquer agressão contra os policiais. Me solidarizo com a agente Karina Oliveira e com o delegado Marcelo Vilella que foram, covardemente, feridos”, escreveu Moraes no Twitter.
Jefferson atirou com fuzil e jogou granada contra os agentes da PF que foram lhe prender em casa, na cidade de Comendador Levy Gasparian, no interior do Estado do Rio de Janeiro.
Na manhã deste domingo, a PF foi à residência do ex-parlamentar no município de Comendador Levy Gasparian para cumprir uma ordem de prisão preventiva contra Jefferson, que reagiu à ação policial.
De acordo com a PF, dois policiais ficaram feridos na operação “por estilhaços de granada arremessados pelo alvo”. Segundo a corporação, eles foram imediatamente levados ao pronto socorro e passam bem.
Depois do ataque contra os policiais, Moraes renovou o mandado de prisão e mandou que a Polícia Federal prendesse o ex-parlamentar em flagrante por dupla tentativa de homicídio. Ele agora deve passar a cumprir pena em regime fechado na sede da Polícia Federal do Rio.
Roberto Jefferson está em prisão domiciliar desde janeiro, após ficar preso cinco meses no Complexo Penitenciário de Bangu, no Rio. Ele é acusado de tumultuar o processo eleitoral, atentos à democracia e ofensas a ministros.
Em uma gravação que circula nas redes sociais, Roberto Jefferson mostra o circuito de câmeras do imóvel onde aparece um carro da Polícia Federal e afirma que revidou os tiros dos agentes. Uma das medidas que ele deveria cumprir na prisão domiciliar é não participar de redes sociais.
A operação aconteceu após Jefferson xingar a ministra Carmen Lúcia de “bruxa” e compará-la a uma “prostituta” após o voto favorável aos direitos de resposta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT na Jovem Pan.