Cidade Invisível mistura suspense e folclore brasileiro
MATÉRIA ESCRITA POR FERNANDA FERNANDES Facebook: facebook.com/dcfernandesf / Instagram: @_ffernd Cidade Invisível, série que estreou na última sexta-feira (05/02) na Netflix, nos faz repensar o quanto valorizamos a nossa cultura. A produção da plataforma de streaming propõe uma narrativa focada no folclore do Brasil. Cidade Invisível foi criada por Carlos Saldanha e inspirada em uma […]
Cidade Invisível, série que estreou na última sexta-feira (05/02) na Netflix, nos faz repensar o quanto valorizamos a nossa cultura. A produção da plataforma de streaming propõe uma narrativa focada no folclore do Brasil.
Cidade Invisível foi criada por Carlos Saldanha e inspirada em uma história de Raphael Draccon e Carolina Munhóz.
A princípio, explora lendas famosas como o Saci Pererê (Wesley Guimarães) chamado de Isac, o Boto Cor de Rosa (Victor Sparapane) conhecido como Manaus, a Cuca (Alessandra Negrini) vulgo Inês, a sereia Iara (Jessica Cores) de nome Camilla, o Corpo Seco (Eduardo Chagas) e o Curupira (Fábio Lago) conhecido como Iberê.
A história apresentada acompanha um policial ambiental, Eric (Marco Pigossi), que perde a esposa misteriosamente em um incêndio. Eric não se convence de que a morte dela foi mesmo um acidente, especialmente quando outro cadáver aparece morto da mesma forma que a esposa. Por conta disso, ele decide investigar a fundo.
***ALERTA DE SPOILER***
Enquanto isso, a série também apresenta continuamente as entidades que fazem parte da primeira temporada, que foram citadas no primeiro parágrafo. Ainda assim, a série consegue também incorporar o lado policial, o lado das lendas e uma trama de fundo por disputa de terras.
Afinal, ao fim da série descobrimos que a pessoa responsável por deixar o Corpo Seco escapar foi o filho dele. Que também é dono da construtora que quer indenizar os moradores da Vila Toré para construir um resort.
A morte de Gabriela (Julia Konrad), esposa de Eric, se encaixaria na disputa porque ela defendia que os moradores ficassem. Assim como o outro morador da vila que foi morto, o Manaus, vulgo Boto Cor de Rosa.
A saber, outro ponto em que a série acerta bastante é na trilha sonora, especialmente na cena em que Eric descobre que o espírito do Corpo Seco está na filha dele. A trama já mostra que Eric é filho de uma das entidades e por essa razão o Corpo Seco pode entrar nele ou em sua filha Luna (Manu Dieguez).
Questão ambiental e saúde mental
Além de toda a narrativa focada na questão ambiental, a trama também explora de forma mais leve o tema saúde mental, através do próprio Eric e de sua mãe que cometeu suícidio. Até mesmo da filha Luna que se comporta de forma estranha desde a morte de Gabriela.
Ademais, Cidade Invisível aprofunda, de forma mais realista e sombria, como as lendas que gostamos surgiram. Isso é feito a cada início de episódio e nos deixa com vontade de terminar de assistir para poder aprender mais sobre.
Por fim, a série cumpre bem o seu papel tanto em trazer uma história focada no meio ambiente, quanto em fazermo-nos questionar sobre o que sabemos da cultura brasileira. Especialmente em um mundo que foca no europeu e norte-americano como modelo para tudo. Em uma possível segunda temporada, pode ser interessante ver outras lendas brasileiras serem exploradas.
Cidade Invisível, série que estreou na última sexta-feira (05/02) na Netflix, nos faz repensar o quanto valorizamos a nossa cultura. A produção da plataforma de streaming propõe uma narrativa focada no folclore do Brasil.
Cidade Invisível foi criada por Carlos Saldanha e inspirada em uma história de Raphael Draccon e Carolina Munhóz.
A princípio, explora lendas famosas como o Saci Pererê (Wesley Guimarães) chamado de Isac, o Boto Cor de Rosa (Victor Sparapane) conhecido como Manaus, a Cuca (Alessandra Negrini) vulgo Inês, a sereia Iara (Jessica Cores) de nome Camilla, o Corpo Seco (Eduardo Chagas) e o Curupira (Fábio Lago) conhecido como Iberê.
A história apresentada acompanha um policial ambiental, Eric (Marco Pigossi), que perde a esposa misteriosamente em um incêndio. Eric não se convence de que a morte dela foi mesmo um acidente, especialmente quando outro cadáver aparece morto da mesma forma que a esposa. Por conta disso, ele decide investigar a fundo.
***ALERTA DE SPOILER***
Enquanto isso, a série também apresenta continuamente as entidades que fazem parte da primeira temporada, que foram citadas no primeiro parágrafo. Ainda assim, a série consegue também incorporar o lado policial, o lado das lendas e uma trama de fundo por disputa de terras.
Afinal, ao fim da série descobrimos que a pessoa responsável por deixar o Corpo Seco escapar foi o filho dele. Que também é dono da construtora que quer indenizar os moradores da Vila Toré para construir um resort.
A morte de Gabriela (Julia Konrad), esposa de Eric, se encaixaria na disputa porque ela defendia que os moradores ficassem. Assim como o outro morador da vila que foi morto, o Manaus, vulgo Boto Cor de Rosa.
A saber, outro ponto em que a série acerta bastante é na trilha sonora, especialmente na cena em que Eric descobre que o espírito do Corpo Seco está na filha dele. A trama já mostra que Eric é filho de uma das entidades e por essa razão o Corpo Seco pode entrar nele ou em sua filha Luna (Manu Dieguez).
Questão ambiental e saúde mental
Além de toda a narrativa focada na questão ambiental, a trama também explora de forma mais leve o tema saúde mental, através do próprio Eric e de sua mãe que cometeu suícidio. Até mesmo da filha Luna que se comporta de forma estranha desde a morte de Gabriela.
Ademais, Cidade Invisível aprofunda, de forma mais realista e sombria, como as lendas que gostamos surgiram. Isso é feito a cada início de episódio e nos deixa com vontade de terminar de assistir para poder aprender mais sobre.
Por fim, a série cumpre bem o seu papel tanto em trazer uma história focada no meio ambiente, quanto em fazermo-nos questionar sobre o que sabemos da cultura brasileira. Especialmente em um mundo que foca no europeu e norte-americano como modelo para tudo. Em uma possível segunda temporada, pode ser interessante ver outras lendas brasileiras serem exploradas.