O presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), Davi Alcolumbre (DEM-AP), planeja pôr em votação, no mês de novembro, a indicação de André Mendonça para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o blog de Ricardo Noblat no site “Metrópoles”, Alcolumbre deve estar convencido de que Mendonça será rejeitado – se não pela maioria dos membros da Comissão, mas em seguida pela maioria dos 81 senadores. A indicação precisa de um mínimo de 41 votos para ser aprovada.
O senador acha que a fama de partidário da Lava Jato colou em André e foi mortal para ele. Para a vaga de ministro do Supremo, Davi defende o nome de Augusto Aras, Procurador-Geral da República, que tem a vantagem de não ser “terrivelmente evangélico”, como o presidente disse em culto religioso em julho de 2019, promovido na Câmara dos Deputados.
André Mendonça foi indicado, em julho deste ano, pelo presidente da República para vaga de Marco Aurélio Mello, no STF.
Pós-graduado em direito pela Universidade de Brasília e pastor na Igreja Presbiteriana Esperança, em Brasília, ele foi Advogado-Geral da União de janeiro de 2019 a abril de 2020, quando foi nomeado ministro da Justiça. Em março de 2021, voltou a chefiar a AGU.
É doutor em estado de direito e governança global e mestre em estratégias anticorrupção e políticas de integridade pela Universidade de Salamanca, na Espanha. Mendonça ganhou o Prêmio Innovare, que premia boas práticas no âmbito do poder Judiciário.