O cerco aos fumantes cresce ainda mais. Vereadores de São Paulo aprovaram nesta quarta-feira (18) em primeiro turno, um pacote de projetos de lei que proíbe a venda de cigarro em padarias e supermercados, o consumo de álcool em postos de gasolina e a distribuição de plásticos descartáveis pelo comércio em geral. Todos ainda precisam de ser votados em segundo turno pelo prefeito tucano Bruno Covas.
O texto que proíbe a venda de cigarros em padarias é do vereador Rinaldi Digilio (Republicanos) e tem como objetivo reduzir a exposição do cigarro em locais mais frequentados pelas famílias, assim, evitando a influência futura na decisão de fumar.
A norma que restringe o consumo de álcool nos postos é um projeto substitutivo a uma proposta apresentada pela vereadora Rute Costa (PSD). “O que foi aprovado não restringe nada. Meu texto proibia a venda nas lojas de conveniência”, enquanto que o que foi aprovado foi o consumo do lado de fora da loja”, disse a vereadora.
Já a lei que proíbe distribuir plástico descartável no comércio é de autoria do vereador Xexéu Trípoli (PV), conta com apoio do Executivo e é tido como uma segunda etapa de lei, já sancionada, que proíbe a distribuição de canudos plásticos.
De acordo com pesquisa feita pelo Datafolha com 560 jovens entre 12 a 22 anos, moradores de cinco capitais incluindo São Paulo, os locais onde mais são vistos cigarros à venda por eles mesmos são padarias e supermercados. Dos que frequentam padarias, 79% dizem já ter visto esse produto à venda nesses estabelecimentos e 71% já viram nos supermercados.
O mesmo levantamento aponta que a maioria acha que a exposição de cigarros nestes locais tem influência na iniciação ao hábito de fumar. Para 37%, a exposição influencia muito e para 34%, influencia mais ou menos as pessoas começarem a fumar. O levantamento do Datafolha mostra ainda que 63% acha que pessoas de sua idade podem sentir vontade de fumar ao ver os cigarros expostos em locais de venda.