‘A Livraria’, pelos pequenos e importantes prazeres da vida

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Há um certo charme inigualável na Inglaterra da virada dos anos 1950. Não sei se é a representação bucólica daqueles últimos momentos que o mundo estava vivendo antes da revolução da beatlemania (sem saber o que o esperava), ou talvez, aquele ar de reconstrução pós Guerra no qual ainda prevaleciam os carros quadrados, os tecidos […]

POR Celso Sabadin23/03/2018|2 min de leitura

‘A Livraria’, pelos pequenos e importantes prazeres da vida

Filme A Livraria. Foto: Divulgação

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Há um certo charme inigualável na Inglaterra da virada dos anos 1950. Não sei se é a representação bucólica daqueles últimos momentos que o mundo estava vivendo antes da revolução da beatlemania (sem saber o que o esperava), ou talvez, aquele ar de reconstrução pós Guerra no qual ainda prevaleciam os carros quadrados, os tecidos xadrez e os penteados playmobil, ícones de toda uma era. Não sei. Mas o fato é que “A Livraria” consegue captar com muita felicidade este tal charme inigualável.

É neste entorno afetivo que a diretora catalã Isabel Coixet conta a história de Florence(Emily Mortimer), uma viúva que arregaça as mangas para colocar em prática o antigo sonho de montar uma livraria na bela casa onde vivia, numa deliciosa cidadezinha litorânea inglesa. Num primeiro momento, uma empreitada que nada teria de espetacular que pudesse render um filme neste espetacularizado cinema do século 21. Mas que encanta justamente por isso: pela sua simplicidade.

O desfilar e desenrolar de personagens críveis que vivem conflitos sérios e intensos em suas individualidades e ao mesmo tempo banais no contexto da amplidão coletiva traçam um tecido social dos mais representativos de um tipo de vida anos 50 que batia às portas de uma década seguinte que a tudo e a todos iria transformar. Sem que ninguém pudesse sequer imaginar os caminhos que tomariam tal futuro. Estes últimos momentos de toda uma maneira de ser e de viver, regados pelo fascínio exercido pelos livros, fazem de “A Livraria” um filme simples e poético que dialoga com o francês “Chocolate”, ambos enfocando mulheres solitárias desafiando os poderes institucionais de uma pequena comunidade em suas lutas libertárias pelo direito de disseminar os pequenos prazeres da vida: os doces e os textos. Ok, talvez nem tão pequenos assim.

Baseado no romance de Penelope Fitzgerald e com roteiro da própria diretora, “A Livraria” é uma coprodução entre Espanha, Inglaterra e Alemanha. Mesmo totalmente falado em inglês, foi o grande vencedor do Goya deste ano – o principal prêmio do cinema espanhol. A estreia foi em 22 de março.

Há um certo charme inigualável na Inglaterra da virada dos anos 1950. Não sei se é a representação bucólica daqueles últimos momentos que o mundo estava vivendo antes da revolução da beatlemania (sem saber o que o esperava), ou talvez, aquele ar de reconstrução pós Guerra no qual ainda prevaleciam os carros quadrados, os tecidos xadrez e os penteados playmobil, ícones de toda uma era. Não sei. Mas o fato é que “A Livraria” consegue captar com muita felicidade este tal charme inigualável.

É neste entorno afetivo que a diretora catalã Isabel Coixet conta a história de Florence(Emily Mortimer), uma viúva que arregaça as mangas para colocar em prática o antigo sonho de montar uma livraria na bela casa onde vivia, numa deliciosa cidadezinha litorânea inglesa. Num primeiro momento, uma empreitada que nada teria de espetacular que pudesse render um filme neste espetacularizado cinema do século 21. Mas que encanta justamente por isso: pela sua simplicidade.

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